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Crítica restaurante

Bistrô oferece vinhos a bons preços

La Régalade serve pratos franceses e italianos em ambiente atraente, com serviço atencioso

JOSIMAR MELO
CRÍTICO DA FOLHA

Para quem gosta de vinhos e de espaços inusitados, o bistrô La Régalade é um prato cheio. Ele fica onde funcionou a importadora Le Tire-Bouchon (que mudou de endereço, mas mantém produtos ali): um enorme galpão em Santa Cecília, de teto altíssimo formando um arco.

Debaixo dele fica uma adega climatizada, envidraçada, e várias prateleiras de vinhos, ladeadas pelas mesas do restaurante, espaçadas e bem montadas.

O espaço -urbano e cosmopolita- continua funcionando como loja, com vinhos da importadora que ali funcionava e também de outras, fornecendo uma bela variedade de escolhas de todo o mundo.

Há o desconforto, desnecessário, de não haver carta de vinhos, obrigando o cliente a caminhar pelas prateleiras para escolher. Mas a vantagem é que as garrafas saem pelo mesmo preço que se pagaria na loja, o que faz uma bela diferença.

Para acompanhar os vinhos, funciona o restaurante de base francesa e italiana, tocado pela mineira Nina Bastos, 49. Depois de três anos afastada das atividades da importadora, ela retornou neste ano para implantar seu bistrô e empório.

Inicialmente ela abria apenas em datas específicas, com menus-degustação montados em torno de vinhos. Agora funciona regularmente, tendo na cozinha o comando do chef potiguar Lindomar Bezerra, 33, que já passou por restaurantes como o La Cocagne e o Cantaloup.

Ainda falta alguma firmeza na cozinha, que peca por detalhes. É bom o sabor da lasanha de berinjela com queijo brie e molho de tomate, prato que pode ficar melhor ainda se as lâminas do legume forem cortadas mais finas (como lasanha, por exemplo).

O polvo grelhado vem à mesa já no limite do tempo de calor, servido com panzanella (feita de pão, tomate e anchova) e feijão-branco. O lombo suíno, marinado por 24 horas em ervas e depois assado, incorre no clássico problema de assar demais e ressecar.

Erro que também é frequente -mas aqui não foi cometido- quando o assunto é coelho. Pelo contrário, é dos pratos que vale a pena pedir no La Régalade: o guisado de coelho (previamente marinado em vinho branco) com funghi porcini e purê de batata.

Para acompanhar a variedade de vinhos a bons preços disponível, há também sugestões como o confit de pato com ragu de feijão-branco, linguiça curada e ervilha-torta; o carré de cordeiro com nhoque de batata na manteiga e sálvia mais tomate recheado gratinado all'arrabiata; e aos sábados, no almoço, o cassoulet (feijão-branco, pato, cordeiro, costelinha defumada). Sobremesa vigorosa: torta de banana caramelada com creme de gengibre.

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