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Crítica restaurante

Le French barateia menu sem prejudicar comida

Decoração perdeu ar de bistrô e ficou mais rústica; clássicos da culinária francesa são oferecidos com toque autoral

JOSIMAR MELO CRÍTICO DA FOLHA

Na onda de simplificar o serviço e baratear a conta que vem se verificando em São Paulo, o antigo Le French Bazar inaugurou uma nova fase em que simplificou até o nome --chama-se agora somente Le French.

O menu também mudou, mas pelo menos não houve rebaixamento do padrão da cozinha: o chef agora é um já experiente profissional da área, o brasiliense (criado em Minas, de família mineira) Luiz Emanuel, 38, que estreou no Lola Bistrô, depois ficou anos à frente do Allez, Allez! e, agora, depois de passagem por outras casas pelo Brasil, volta a São Paulo.

A ligação dele com o proprietário do restaurante (que, como ele, estudou gastronomia na Anhembi Morumbi) já havia se dado no Allez, Allez!, onde foram sócios. Eduardo Borger, 34, foi chef e gerente em São Paulo até abrir o Le French Bazar em 2008, com o sócio Beto Tempel, que já não está na casa. Borger também é sócio da sanduicheria Meats.

Em sua nova fase, o Le French perdeu, no ambiente, o ar típico de bistrô --ficou mais seco e rústico na decoração, deixou de lado as toalhas e guardanapos, transformou o piso superior em um bar e só manteve mesmo, como é comum em sua antiga inspiração parisiense, as gostosas mesas na calçada.

Também o estilo básico da cozinha se mantém, pautado em clássicos franceses, com algumas pitadas autorais, especialmente no menu-degustação --onde pode haver, por exemplo, salmão marinado em especiarias servido com blinis de ervas, ovas de peixe e creme azedo, ou um brioche com foie gras e figo.

Na oferta à la carte, bem tradicional, é onde se pode comer o velho e bom escargot com manteiga provençal (com alho), rãs também à provençal (difícil encontrar aqui rãs realmente saborosas, mas ao menos elas vêm com atraente risoto de grãos e favas verdes) ou tutano bovino no osso com salsinha, flor de sal e torradas.

Também mexilhões ao molho de vinho, alho e salsa, com fritas; o steak tartare (com tempero brando demais), servido com fritas e salada; a língua de boi braseada com semolina romana e um molho vigoroso do assado; e o jarret de vitelo com molho de especiarias e um parmentier de espinafre.

Ainda: filé suíno com purê de batata com mostarda à l'ancienne; entrecôte bordelaise com fritas; e steak et frites (com molho poivre, mostarda ou roquefort). Sobremesa? A pera cozida com sabayon e pistache é bem aromática e até refrescante para encerrar os trabalhos.

LE FRENCH *
ONDE r. Fradique Coutinho, 179, Pinheiros (zona oeste de São Paulo); tel. (11) 2768-0504
HORÁRIO de ter. a qui., das 12h às 15h e das 19h30 à 0h; sex., das 12h às 15h e das 19h30 à 1h; sáb., das 13h às 16h e das 19h30 à 1h; dom., das 13h às 17h
AMBIENTE ficou mais rústico, sem toalhas, com mesas na calçada e um bar no piso superior
SERVIÇO descontraído e competente
VINHOS carta ainda incompleta; não cobra taxa de rolha
CARTÕES A, D, M e V
PREÇOS entradas, de R$ 4 a R$ 62; pratos, de R$ 22 a R$ 65; sobremesas, de R$ 12 a R$ 18


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