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Crítica restaurante

Receitas judaicas são o ponto alto da Lox Deli

Aberta no ano passado, delicatessen nos Jardins tem sanduíches de recheios variados e ambiente despojado

Com ambiente descontraído, as delicatessens nova-iorquinas são interessantes pontos de encontro gastronômico, mas são poucos os estabelecimentos desse tipo em São Paulo

JOSIMAR MELO DO CRÍTICO DA FOLHA

As delicatessens nova-iorquinas, especialmente as que têm mesas, são interessantes pontos de encontro gastronômico, onde é possível comer receitas tradicionais (especialmente do leste europeu) num ambiente descontraído e que unem dois fatores caros aos EUA --são rápidas e baratas.

São poucos, porém, os estabelecimentos do tipo em São Paulo. O mais novo, a Lox Deli, fica no Jardim Paulista.

Simples e despojada, a casa começa servindo o básico da categoria: sanduíches no pão bagel, quentinho, com recheios variados, inclusive o tradicional de "cream cheese" com lox (receita judaica de salmão curado por 36 horas com sal, açúcar mascavo e outros temperos).

Os bagels podem ter outros recheios típicos da cozinha judaica europeia (e suas adaptações americanas), como "cream cheese" temperado com cebolinha, queijo brie derretido e patê de ovo. Neste capítulo dos acepipes rápidos, há outros sanduíches, como o de pastrami feito na casa (com mostarda de Dijon no pão de centeio, com picles); e uma especialidade, o reuben --pastrami caseiro com queijo emmenthal derretido, mostarda de Dijon e repolho agridoce no pão de centeio.

A casa foi criada pelo casal Beto Tempel, paulistano de 31 anos, formado em gastronomia pela Anhembi Morumbi em 2004, e a publicitária Dea Wrona, 33. Tempel trabalhou em vários restaurantes antes de abrir o Red Gastronomia em 2004. Em 2009, montou e atuou como chef no restaurante Le French Bazar, de onde saiu em 2011.

Após um ano viajando pelo mundo, o casal decidiu investir em uma cozinha ligada às raízes de ambos, unindo a culinária judaica a uma comida leve e descomplicada. A Lox nasceu em dezembro.

Ela não se limita aos sanduíches e ao café da manhã. O menu tem pratos da cozinha, como as massas --entre elas estão os típicos varenikes, espécie de ravióli (aqui, de massa pesada) com recheio de batata e cebola caramelada, servido ao creme de cebolas. Mas há também opções mais italianas, como raviolone de abóbora e queijo de cabra ao molho de manteiga e sálvia.

A seção de pratos judaicos é a mais interessante. Ali estão, como ponto alto, o lox (em fatias, com tomatinhos queimados, picles de cebola-roxa, creme azedo e pão de centeio); o patê de fígado de galinha, cremoso e úmido; e, num ponto abaixo, o pastrami fatiado, não tão suculento como anunciado, mas gostoso, acompanhado de salada de batatas, picles de pepino e mostarda de Dijon.

O prato de degustação traz um pouco de tudo, inclusive do arenque um tanto sufocado pelo molho branco, e do tradicional e simpático patê de ovo. Na sobremesa, o anunciado brownie na verdade mais parecia uma torta de chocolate --boa, por sinal!

LOX DELI
ONDE r. Batataes, 403, Jardim Paulista (zona oeste de São Paulo); tel. (11) 3051-6020
HORÁRIO de seg. a sex., das 9h30 às 19h; sáb., das 9h às 17h
AMBIENTE pequeno e informal, com mesas do lado de fora
SERVIÇO mais informal ainda
VINHOS apenas algumas garrafas
CARTÕES todos
PREÇOS sanduíches, de R$ 8 a R$ 32; pratos, de R$ 32 a R$ 52; sobremesas, de R$ 7 a R$ 14


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