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Crítica restaurante

No Makanudo, a cozinha sofre com o serviço

Com certo ar de bar, casa argentina serve grelhados corretos, como a parrillada, com cortes variados de carne

JOSIMAR MELO DO CRÍTICO DA FOLHA

Uma boa isca para atrair os curiosos da gastronomia ao restaurante Makanudo é sua definição: não apenas um restaurante argentino, mas especificamente da cozinha de Mendoza.

Nada que não fique evidente, na verdade, já que a especialidade são as carnes grelhadas, as sobremesas são panquecas de doce de leite e churros, e os vinhos são predominantemente da região (mas não apenas de lá) --um menu genericamente argentino, e não tanto regional.

Como sempre, quando feitos corretamente, os churrascos de qualquer canto da Argentina valem a visita. No Makanudo, mesmo que não sejam excepcionais, os "assados" não fogem à regra de que algum prazer vão trazer.

O principal item, entre as iguarias produzidas na grelha, é a parrillada, com cortes variados de carne: o cliente escolhe no cardápio cinco delas, como bife ancho, morcilla com cebolas, calabresa defumada com mozarela de búfala, coxa e sobrecoxa desossada ao molho do chef, carré de javali, tapa de cuadril grelhada e linguiça de javali.

Esta é uma fórmula para quatro ou cinco pessoas, mas as carnes podem ser pedidas separadamente. As opções à la carte incluem assado de tira, bife ancho e de chorizo --mas, também, de fora da grelha, a paleta de cordeiro marinada e assada por oito horas e o filé à milanesa com presunto cru.

Há mais nesta casa dirigida pelas sócias Mariana Doná, 44, de Mendoza, e a brasileira Rosa Maria Teixeira, 44, que se conheceram nos tempos de faculdade de pedagogia, na USP.

Ambas estudaram muito para entender o funcionamento da área de alimentação e serviços. Quando Mariana convidou Rosa Maria, com quem já tinha uma relação de amizade e confiança, para participar do projeto, a amiga topou rapidamente.

O lugar eleito foi simpático, mas bem simples, com um certo ar de bar da Vila Madalena, mas com uma cozinha um pouco mais vitalizada --embora prejudicada por um serviço claudicante, inseguro na hora de anotar (e entender) as comandas ou de servir o vinho escolhido.

Instalado o negócio, colocado em funcionamento em abril último, daí pra frente começou a corrida para o abraço. Corrida dura diante da concorrência cada vez maior, mas promissora, já que tem como torcida um público --o paulistano-- que sabe admirar um bom churrasco.

O almoço executivo durante os dias de semana é bem simpático, com grelhados que ganham o acompanhamento de porções (também disponíveis no menu à la carte) como o arroz Makanudo (com linguiça defumada, ovo, batata palha, cenoura, amêndoas e salsinha) ou as batatas laminadas e fritas com alho e salsinha.

MAKANUDO
ENDEREÇO rua Vupabussu, 293, Pinheiros, região oeste, tel. (11) 3375-8232
HORÁRIO seg. e ter., das 12h às 15h30; de qua. a sáb., das 12h às 23h; dom. e feriados, das 12h às 17h
AMBIENTE bem simples, quase de um bar da Vila Madalena (mas no Alto de Pinheiros)
SERVIÇO bem atrapalhado
VINHOS oferta bem limitada
CARTÕES A, D, M e V
ESTACIONAMENTO com manobrista, R$ 15
PREÇOS pratos, de R$ 31 a R$ 280; acompanhamentos, de R$ 8,50 a R$ 18; sobremesas, de R$ 12 a R$ 20,50


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