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Crítica restaurante

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Com pinta de bar, Side tem cozinha eclética

Pratos são, em geral, bem acabados, mas estão sujeitos a escorregões como uma polenta mais rala que mingau

JOSIMAR MELO CRÍTICO DA FOLHA

A inspiração é nova-iorquina: o Side é um restaurante com forte pegada de bar, decoração moderna com elementos retrô (azulejo branco, lousas, janelões), estilo Soho e aquela incômoda --mas popular-- combinação de som alto e luz baixa.

O conjunto traz uma atmosfera animada. Logo na entrada há um grande balcão do bar, que fornece drinques criativos (de Talita Simões) para o salão e para o lado externo, na entrada da Vila Aurélia, no Itaim Bibi.

O conceito foi pré-fabricado por uma consultoria que apontou esse caminho aos proprietários, o casal Antônio Patronieri Jr., 61, administrador de empresas, e Anamaria Patronieri, 64, relações públicas, neófitos no ramo.

No almoço o local é movimentado, mas mais tranquilo com sua iluminação natural. À noite o lugar se anima com os adeptos desse estilo de casa. A bebida é um ponto forte, mas a comida tem também atrativos.

O cardápio contemporâneo é eclético e multicultural, criado pelo paulista Thiego Maeda, 29, que na maior parte de sua carreira foi sushiman, mas também foi cozinheiro no D.O.M. por três anos e fez estágio no Maní.

Algumas entradas podem servir de petiscos para acompanhar os drinques --como as gostosas coxinhas de mandioquinha com recheio de costelinha de porco, servidas com chutney de maçã e molho de pimenta.

Outra boa entrada são as tenras lulinhas na chapa com azeite de ervas e aioli de limão. Há também saladas, como a de vieiras grelhadas com molho de ostra e brotos.

O lado oriental volta a aparecer em pratos como o frango thai com arroz de jasmim; o robalo no missô com purê de abóbora-cabochan e acelga chinesa; e as costelinhas de porco com molho coreano, purê de palmito-pupunha e milho doce.

Mas cabem também outras combinações de sabores, como no frango de leite ao rôti de tamarindo e minivegetais assados, e no stinco de cordeiro, risoto de miniarroz de castanha e agrião.

Os pratos são, em geral, interessantes e bem acabados, embora sujeitos a incríveis escorregões. O shoulder steak (corte macio de dianteiro) tipo Kobe é oferecido com o alerta de que a casa só o prepara malpassado --mas chegou à mesa superpassado (com crocante de mandioca e cogumelos).

O ossobuco, dizem, vem com polenta de fubá branco, mas foi servido com uma água branca mais rala que mingau (polenta?), impossível de capturar com o garfo. Para salvar, uma sobremesa curiosa: rabanada feita com brioche de banana, servida com sorvete de nata.

SIDE (regular)
ENDEREÇO r. Tabapuã, 830, Itaim Bibi, tel. (11) 3168-0311
HORÁRIO de seg. a qui., das 12h às 15h e das 17h às 24h; sex., das 12h30 às 15h e das 17h à 1h; sáb., das 12h30 às 16h e das 18h à 1h; dom., das 12h às 16h e das 18h às 24h
AMBIENTE com pinta nova-iorquina, com luz natural pelos janelões no almoço, e música alta (e luz baixa) no jantar
SERVIÇO gentil, mas um pouco atrapalhado com o movimento
VINHOS não chegam a 20 os rótulos; os coquetéis dominam
PREÇOS entradas, de R$ 16 a R$ 35; pratos, de R$ 25 a R$ 69; sobremesas, de R$ 10 a R$ 18


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