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A Gourmet - Alexandra Forbes

Tendências gastronômicas mundo afora

Daniel Humm reina em Nova York

Chef do Eleven Madison Park faz segundo gol com seu ótimo restaurante no novo hotel NoMad

NÃO SE faz um grande restaurante da noite para o dia. Os irmãos Roca, do El Celler de Can Roca, ao norte de Barcelona, já eram aclamados como ases há mais de década, mas a terceira estrela "Michelin" só veio em 2010. Como os chefs catalães, o suíço Daniel Humm foi galgando uma íngreme montanha e aperfeiçoando a cozinha do seu Eleven Madison Park até abocanhar a cotação máxima do "New York Times", em 2009, e a terceira estrela "Michelin" na edição de 2012 do guia.

Anos atrás, quando eu dizia que um dos meus restaurantes favoritos era o Eleven Madison Park, olhavam-me com cara de interrogação. No belo salão encharcado de luz natural comi um bife com crosta de tutano que não sai da memória. Hoje, os amigos que vão a Nova York me contam que comeram lá e gostaram.

O verdadeiro pulo do gato é ainda mais recente. Humm e seu sócio Will Guedara conseguiram um feito raro: abriram um segundo restaurante que une badalação e excelente cozinha. Onde? No novo hotel NoMad, instalado em grandioso prédio Beaux Arts em bairro "cool" de Manhattan, com décor opulento assinado pelo famoso Jacques Garcia.

A intensa badalação não impediu que o time de Humm conseguisse executar à perfeição (ou quase) um menu apetitoso. Quem atesta é Pete Wells, crítico do "New York Times": "Com a oportunidade de ter um segundo restaurante maior e mais populista dentro do hotel NoMad poderiam tomar a rota previsível, fazendo um bistrô ou trattoria. (...) Em vez disso, fizeram algo um tanto novo e maravilhoso". No prato, cores vibrantes, verduras fresquíssimas. Semana passada, Wells elogiou efusivamente o frango assado.

Esse gol de Humm coincide com o fechamento, no fim de junho, de outro restaurante de hotel com tocado por chef famoso -o L'Atelier de Joël Robuchon, no Four Seasons.

Prova de que até os grandes se estrepam em Nova York, cidade que não perdoa escorregões nem chefs ausentes. Que Humm tome como lição e não largue do timão, apesar dos confetes.

NA PRÓXIMA SEMANA, NO "COMIDA":
André Barcinski

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