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Um dia de pesca

Viagem pelo mar da Noruega, segundo maior exportador de peixes do mundo, revela uma diversidade saborosa, mas poucas espécies chegam ao Brasil

DA ENVIADA ESPECIAL À NORUEGA

A reportagem do "Comida" saiu para a pesca no norte da Noruega a fim de conhecer a variedade de peixes do país europeu. Esse cardápio eclético contribui para que a Noruega seja o segundo maior exportador de peixes do mundo. Perde para a China.

Como os meses de julho e agosto são bons para a pesca na região, tudo indicava que o barco logo estaria abarrotado não apenas de bacalhau mas também de arenques, cavalinhas, hadoques.

Mas na pesca é preciso ter sorte. Foi a chef Heloisa Bacellar, do restaurante Lá da Venda, em São Paulo, quem garantiu o almoço ao pegar 13 peixes. Esta repórter pescou duas cavalinhas, mas teve de devolver uma porque a legislação norueguesa não permite a retirada de peixes com menos de 20 cm.

Das armadilhas no mar, vieram os caranguejos e o halibute, peixe achatado, de cabeça pequena. A próxima parada foi em uma das ilhas de Lofoten para, finalmente, fazer o almoço na grelha que já estava a postos, à beira-mar.

O mais saboroso era o cod que, no Brasil, chega como bacalhau -depois de passar pelo processo de salga e secagem. Mas ali foi provado fresco, com sabor delicado. Outro sucesso foi o halibute, que só precisou de grelha e uma pitada de sal.

Em outro barco, um antigo baleeiro que saiu de Tromso, também no norte, a reportagem provou o famoso salmão norueguês. Servido cru, estava tenro, fresco e saboroso.

Entre os peixes e crustáceos dos mares da Noruega, o Brasil recebe apenas o bacalhau, o arenque e o caranguejo. Há sondagens em curso de empresas nacionais para trazer o salmão norueguês.

SALMÃO E TRUTA

A pesca é a terceira principal indústria da economia norueguesa -atrás de petróleo e metais. Segundo o Conselho Norueguês de Pesca, a produção de peixes no país é dez vezes maior que a de carne e a de frango somadas.

Salmão e truta são destaques, com 57% do total das exportações, voltadas principalmente ao mercado europeu. As exportações de peixes só secos, só salgados e salgados e secos correspondem a 10% -esses últimos, destinados especialmente a Brasil e Portugal.

A jornalista PRISCILA PASTRE-ROSSI viajou a convite do Conselho Norueguês da Pesca

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