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Crítica restaurante

Cozinha quente brilha no Sakagura A1

Bardana refogada e barriga de porco cozida de Shin Koike se destacam no restaurante japonês

JOSIMAR MELO
CRÍTICO DA FOLHA

A história da crescente popularização dos restaurantes e bares japoneses de cozinha quente tem como um de seus personagens o chef japonês Shin Koike desde os tempos do seu A1 do Top Center, em São Paulo. Pois é uma nova versão do A1 que ele acaba de inaugurar na cidade.

A nova casa se chama Sakagura A1. Mas, na verdade, quem se parece muito mais com o velho A1 é o outro restaurante do chef, o Aizomê. Esse, como o primeiro, tem um balcão onde são servidos os menus quentes, e não se dedica aos sushis.

Já o novo Sakagura A1 é um híbrido: no subsolo tem o balcão de sushi; no térreo, somente mesas. No cardápio tem petiscos de izakaya (servidos, porém, num ambiente bem mais refinado e formal que o dos tradicionais bares); e pratos de restaurante.

Falta um pouco da intimidade e da escala pequena e bem japonesa do velho A1 e mesmo do atual Aizomê. O tempo vai dizer como se ajeitarão as várias facetas que convivem na nova casa.

De toda forma, ela começa bem. O ambiente tem uma elegância sóbria, nada tendo restado da decoração anterior do local, em que funcionava o restaurante Shimo.

A oferta múltipla parece resumir a trajetória do chef, um economista nascido em Tóquio há 55 anos e que já passou por diversos restaurantes -em seu país, o Sushi Cho e o francês Escoffier; no Brasil, o Roppongi e o Rangetsu of Tokyo, até abrir o pequeno A1, que durou de 2004 a 2009, e o Aizomê, que ele mantém desde 2006. No novo ponto, ele tem como sócio o administrador Roberto Ng, proprietário do Sushi Papaya.

O balcão de sushis do Sakagura A1 funciona bem, com oferta variada de peixes (atum e buri gordos, ou recobertos com foie gras, robalo, pargo, garoupa, serra, carapau) e a correta execução dos sushimen titulares.

Mais curiosos, porém, são os petiscos no estilo izakaya (teoricamente feitos para acompanhar a bebida) e os pratos da cozinha. No primeiro caso estão itens como berinjela japonesa grelhada; bardana refogada; barriga de porco cozida; bolinho de polvo; tempura de camarão com maionese picante.

Da cozinha saem entradas como cubos de atum com cará ralado; ceviches; língua de boi grelhada; costela de porco cozida; polvo com legumes ao molho de wasabi; e crocantes rolinhos de rabada.

Os pratos são poucos. Há tradicionais como tempura (de massa pesada), porco à milanesa (também na versão com arroz, ovo e molho); e especialidades do chef como a rabada com curry ou desfiada (seria mais fácil comê-las, com o arroz, em pratos de formato abaulado).

Na hora da sobremesa, outra especialidade de Koike: cheesecake de tofu servido com frutas vermelhas.

SAKAGURA A1 *
ENDEREÇO R. Jerônimo Veiga, 74, Itaim, tel. 0/xx/11/3078-3883
FUNCIONAMENTO de seg., das 12h às 15h; de ter. a sex., das 12h às 15h e das 18h à 0h; sáb., das 18h à 0h; dom., das 12h às 22h
AMBIENTE salão no térreo, balcão de sushi no subsolo. Tudo muito sóbrio, com motivos japoneses ocidentalizados
SERVIÇO bem treinado para explicar pratos bem pouco familiares
VINHOS "sakagura" significa adega, e no caso, especialmente dedicada aos saquês
CARTÕES A, D, M e V
ESTACIONAMENTO com manobrista, R$ 18
PREÇOS entradas, de R$ 10 a R$ 30; pratos principais, de R$ 22,30 a R$ 39; sushis e sashimis, de R$ 26 a R$ 60; sobremesas, de R$ 16 a R$ 19

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