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Crítica / Restaurante

Adega Santiago abre filial no Cidade Jardim

Em pleno shopping de luxo, casa serve menu lusitano pincelado por sugestões espanholas em ambiente atraente

JOSIMAR MELO CRÍTICO DA FOLHA

A luta dos shoppings de luxo por conseguir restaurantes de grife continua. Um dos novos contendores nessa corrida é a filial do Adega Santiago aberta em novembro no shopping Cidade Jardim.

Fisicamente, a nova casa tem um ar atraente. No lugar de uma arquitetura luxuosa, a decoração, como na matriz, evoca a imagem despojada da tasca lisboeta.

Instalada no último andar no shopping, ela chega a oferecer mesas ao ar livre, com vista para a cidade ao longe.

A inspiração ibérica é a mesma implantada no ponto original, no Jardim Paulistano, pelo proprietário Luis Felipe (Ipe) Moraes, 46. Economista, ele entrou no ramo ao abrir o bar Flamingo em 1993, transformando-o cinco anos depois no Espírito Santo.

Desde então passou por vários empreendimentos -o Adega Santiago abriu em 2006, em sociedade com os irmãos Marcos, 46, e Marcelo Bandeira de Mello, 47. Ipe é também sócio do BottaGallo e do Taberna 474.

DO MAR

No topo do shopping Cidade Jardim, o novo ponto não muda a proposta original, nem seu cardápio -que é basicamente lusitano, mas também pincelado por algumas sugestões espanholas.

São várias opções de petiscos para distrair o paladar, marcando um lado mais de bar que a casa também ostenta desde a inauguração da matriz.

Os pratos, principalmente de mar, são preparados pelo chef paulista Felipe Grecco, 31, que estudou gastronomia na Espanha e trabalhou no Pomodori e no BottaGallo, entre outros.

Entre os petiscos e tapas, há gostosos bolinhos de bacalhau, pastéis de massa um tanto espessa e sardinhas assadas na lenha, que ficam um pouquinho mais secas do que seriam suas semelhantes no calor mais direto da brasa. Alheira e polvo à galega referenciam Portugal e Espanha.

Entre os pratos principais, por mais que haja tortilla de batata numa versão com presunto serrano (longe de parecer os melhores exemplares feitos na Espanha), é a cozinha portuguesa que mais brilha.

Os arrozes (de pato, de rabada) são bem suculentos.

Já o bacalhau com broa (posta assada envolta com farelos de broa) costuma ser melhor na matriz; aqui esteve bem seco e ainda com a crosta queimada. Mas há também outras versões a provar, como a bacalhoada na lenha ou o prosaico e gostoso bacalhau à Brás, antecedendo as sobremesas que não se limitam à doçura dos doces conventuais.


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