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Crítica Restaurante

Bistrô tem menu atraente, mas falta sutileza

Em restaurante dentro de importadora de vinhos, em Moema, cliente tem de levantar da mesa para escolher garrafa

JOSIMAR MELO CRÍTICO DA FOLHA

A mistura de loja de vinhos com restaurante é normalmente estimulante, como no bistrô da Grand Cru Moema. Ela implica boa quantidade de vinhos a preços de prateleira e um cardápio adequado à companhia da bebida.

Não vou me queixar (demais) do fato de que não há carta de vinhos -o cliente é obrigado a se levantar e percorrer prateleiras perscrutando rótulos e preços, o que poderia ser feito à mesa.

Fora esse inconveniente -que pode ser divertido, mas não precisaria ser obrigatório-, a loja-bistrô é agradável, com decoração rústica italiana e paredes de garrafas.

O cardápio é bastante atraente, embora nem sempre os pratos cuja descrição dá água na boca cheguem à mesa tão bem executados.

Chama a atenção o menu do almoço (que não substitui as opções à la carte, que valem o dia todo), com preços interessantes pelo pacote e pratos que estão longe de ser apenas receitas simples para uma rápida refeição.

O almoço-executivo (R$ 42, com entrada, prato e sobremesa) inclui itens como quiche de alho-poró com espaguete de pupunha e pesto de tomate seco; carré suíno glaceado com risoto de limão-siciliano; lombo de bacalhau assado; e suflê de goiaba com mascarpone e mel.

Embora a quiche não tenha a massa no ponto ideal e o bacalhau, de tão dessalgado, esteja com as lascas quase se desfazendo, no cômputo geral são pratos bons.

A responsável pela casa é a escritora e artista plástica Ercilia Ferraz de Arruda Pollice, que, em 2008, adquiriu a franquia da Grand Cru e montou ali um pequeno bistrô, que hoje tem cem lugares.

Do cardápio do chef Julio Laudísio, 39, saem pratos como camarão envolto em sálvia e presunto (muito passado e salgado) e tortelli recheados com foie gras e servidos com consomê de pato (interessante, ainda que um pouco pesados). Há ainda o "prime rib" com risoto milanês e amêndoas crocantes (bela peça de carne, bom risoto).

São pratos exuberantes, mas ainda com a mão um pouco pesada na cozinha. Como nos vinhos, é preciso um pouco mais de sutileza e sofisticação no acabamento.


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