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Crítica Restaurante

Mimo abre com menu mediterrâneo de personalidade

Chef Ana Soares, do Mesa III, assina consultoria do cardápio, que traz pratos corpulentos e delicados

JOSIMAR MELO CRÍTICO DA FOLHA

Quando a advogada e administradora de empresas Fernanda Paula Barros Duarte, 34, resolveu abrir um negócio, mergulhou a fundo no seu objetivo. Juntou todas as pontas do quebra-cabeça que ele se tornaria -e que hoje é o restaurante Mimo, aberto há cinco semanas.

E que ela, dentre pratos de leveza mediterrânea, uma limpidez branca e mimos diários (como ela chama os "amuse-bouches", pequenos bocados, servidos antes dos pratos), conseguiu erguer com personalidade, o que não é fácil para marinheiros de primeiríssima viagem.

A decisão implicou muitas medidas. Ela, para começar, depois de dois cursos superiores, resolveu fazer mais um: gastronomia.

Na faculdade, baseou um trabalho no livro do empresário de restaurantes americano Danny Meyer (que tem do veterano Union Square Café ao faustoso Eleven Madison Park), o que a levou a conhecer pessoalmente as casas do autor.

Para garantir uma expertise na elaboração do cardápio, apoiou-se na consultoria da chef Ana Soares. E para tocar a cozinha no dia a dia, chamou o chef paulista Volney Miguel Ferreira, 46, que estudou culinária na Itália e trabalhou em restaurantes naquele país e na Espanha.

A decoração moderna do Mimo é dominada pelo branco, que poderia ser um pouco mais quebrado pelo acobreado que aparece discretamente. A proprietária faz parte da paisagem, percorre mesas e dá explicações.

O que é útil, pois a descrição dos pratos é telegráfica, apenas uma lista de ingredientes (ela realmente esteve no Eleven Madison Park...), e não dá para saber, por exemplo, se a carne oferecida é crua, assada, grelhada, braseada num prato chamado "Cordeiro. Zaatar. Berinjela. Coalhada. Tahine. Hortelã". (No caso, é assada, com inspiração no norte da África.)

Os pratos são bonitos e têm sabores mais corpulentos (como a entrada de purê de mandioquinha com pato, foie gras e cogumelos) ou mais delicados, como o tartare de carne com salsão, palmito, raiz-forte e chips de batata-doce.

Entre os principais, o bacalhau ainda chega à mesa um pouco rijo (acompanhado por cuscuz marroquino, legumes, brotos, azeite e limão). O filé com brioche vem no ponto, ao lado de aspargos, ovo pochê e presunto cru tostado.

Para a sobremesa, os chocólatras vão adorar o "Chocolates. Texturas. Whisky", com diferentes preparações com chocolates de crescente grau de amargor.


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