São Paulo, quinta-feira, 10 de novembro de 2011

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Visita às lojas pede tempo para ouvir histórias

DE SÃO PAULO

Quem entra numa casa do norte opta pela descoberta de ingredientes, pelo papo com o vendedor, pelo despertar dos sentidos. Uma aventura para ser vivida sem pressa.
Vá com tempo para ouvir histórias como a do seu Lourival, há 22 anos no comando da cinquentenária casa do norte Bom Baiano, no Ipiranga, em São Paulo. Paraibano de Sousa, manteve o nome dado pelo dono anterior. Entre farinhas, feijões, rapaduras e fumos de rolo circula a clientela, que aproveita para fazer uma boquinha regada a cachaça e petiscos no balcão do canto da loja.
Se for a uma das casas dos irmãos Josué e Léo -eles têm cinco- verá como seguem o legado do pai, seu Medina, que começou a vida em Guaratinga, na Bahia, e decidiu tentar a sorte em São Paulo.
Tem a história do seu José, de Tapipoca, no Ceará. Ele chegou há 48 anos, na boleia de um caminhão de sal. Hoje, tem cinco restaurantes e a Brás-Zão, no Brás, onde vende quebra-queixo da Paraíba e rapadura de Pernambuco.
E tem até um mato-grossense de ascendência árabe à frente do negócio. Na Malagueta, seu Oagi teve a ajuda do cunhado paraibano na escolha das mercadorias. Ele, que já foi quatro vezes à Síria, de onde é sua família, agora é íntimo dos mais nordestinos bolos de mandioca, bolachas, peixe seco e queijos de coalho. (JULIANA SAAD E PRISCILA PASTRE-ROSSI)



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