São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 2011

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CRÍTICA RESTAURANTE

Ohka se concentra no balcão de sushi

Com ambiente moderno, casa tem como trunfo a variedade e qualidade dos ingredientes

JOSIMAR MELO
CRÍTICO DA FOLHA

O restaurante japonês Ohka começa bem. Independente da multidão que já o frequenta (pois os sócios são conhecidos por seu trabalho anterior no Nagayama), nasce focado, dedicado aos sushis. Boa opção.
Os proprietários pretendem logo reforçar a parte de quentes. Será necessário? Já existe uma pequena oferta de pratos, para quem não quiser ficar nos crus. São quatro variações de tempurá (com casquinha meio massuda, difícil alcançar aquela tênue e crocante renda dos melhores), quatro de yakisoba, dois empanados e sugestão do dia.
Com poucas opções, o público se concentra nos sushis e sashimis, da mesma forma que a atenção da casa, o que é bom. Mesmo porque faz parte da sua história -ou da história de seus personagens.
O Ohka foi fundado por investidores que frequentavam o Nagayama, que convidaram para a empreitada o sushiman Joberval Pereira (o Robson, 35) e o gerente Admilson Rodrigues (o Menudo, 36).
Ambos baianos, vieram trabalhar em São Paulo e, cerca de dez anos atrás, conheceram-se no Nagayama, onde se tornaram amigos.
No Ohka cada um cumpre o seu papel -Menudo gerenciando e recebendo os clientes, Robson comandando o time do balcão de sushi. O que fazem num salão moderno, de luz baixa (que traz bom efeito à noite -a casa abre somente no jantar), dominado pelo preto e pelo vermelho.
Ali acontece o desfile do principal trunfo do restaurante: a variedade e a qualidade dos ingredientes. Os peixes crus têm cortes delicados, mas não a espessura mais imponente que costuma realçar os peixes de boa qualidade.
Preparados freneticamente, os sushis não alcançam a perfeita relação de temperatura entre o arroz e o peixe. Mas no conjunto, especialmente no "menu do chef" (as escolhas do sushiman), são gratificantes: mais que corretos, a preços aquém dos mais estratosféricos da cidade.
Outro detalhe alvissareiro: há uma saudável postura conservadora no balcão. Nada de muitas invenções (sim, pode-se inventar; mas para inovar em terreno tão tradicional, é preciso ser muito bom ou os resultados são desastrosos, como temos visto).
Então, é atacar os bons peixes, com algumas discretas variações. Sushi de atum com foie gras, barriga de salmão queimada no maçarico, não são novidade, mas são sucesso garantido. Sushi de carne tipo Kobe, de cavalinha gorda, e, claro, de atum gordo, são outros hits bem executados. E ainda robalo, vieira, lula e minipolvo japoneses, mostram que vale a pena chegar cedo para evitar espera.

OHKA
ENDEREÇO rua Professor Carlos de Carvalho, 105, Itaim Bibi, tel. 0/xx/11/ 3078-3979
FUNCIONAMENTO de seg. a qui., das 19h à 0h; sex. e sáb., das 19h30 à 0h30
AMBIENTE moderno e acolhedor
SERVIÇO corrido, mas ok
VINHOS oferta suficiente de saquê
CARTÕES A, D, M e V
ESTACIONAMENTO R$ 15
PREÇOS entradas, de R$ 5 a R$ 46; combinados, de R$ 51 a R$ 65; pratos, de R$ 29 a R$ 50;
SOBREMESAS, de R$ 9 a R$ 15


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