São Paulo, domingo, 01 de abril de 2007

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TERRA ESTRANGEIRA

Decoração pede tempo e personalização

História que cada peça "conta" ao morador impede que o estilo temático do ambiente se torne cansativo

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Não basta decorar, é preciso se identificar. O cuidado na escolha de peças que tenham significado especial e não sejam simplesmente a imitação de um estilo é fundamental para tornar os ambientes "estrangeiros" mais aconchegantes.
Para a professora judia Miriam Oelsner, por exemplo, os pratos de estanho usados por seus ancestrais e que estão pendurados na parede da cozinha de sua casa são uma aula de história para os filhos.
"Essas peças são centenárias, e gosto de deixá-las expostas para lembrar minha família de onde nós viemos", explica.
A consulesa-geral da Tailândia no Brasil, Thassance Wanick, também conta que aprende com os itens de seu país de origem expostos em sua casa.
"O artesanato tailandês é uma lição de vida. Primeiro, porque é uma técnica de trabalho; segundo, porque aprende-se a exercitar a paciência", diz.
Para que a decoração seja mais pessoal, geralmente é preciso dedicar tempo para a escolha e a aquisição de cada peça.
Em uma das paredes da casa do empresário Sidney Fabiani, ficam expostas máscaras de origem africana que ele começou a colecionar em 1994.
"Há objetos de diversas regiões da África, como Angola e Moçambique. Eu sempre procuro saber sobre suas histórias, o que há por trás de cada um deles", explica.

Sem pacote
Especialistas são reticentes com relação a consumidores que decidem comprar um "pacote pronto" e pouco personalizado de decoração de uma determinada região.
Para o designer de interiores Alex Lipzig, por exemplo, "uma decoração temática que segue à risca um estilo padrão de ambiente pode parecer falsa e enjoar rapidamente".
Assim, a dica é moldar o ambiente aos poucos, com paciência. "Cada canto da minha casa tem uma história, então vai ser difícil enjoar dela", revela Fabiani. (MCN)


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