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TERRA ESTRANGEIRA
Decoração pede tempo e personalização
História que cada peça "conta" ao morador impede que o estilo temático do ambiente se torne cansativo
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Não basta decorar, é preciso
se identificar. O cuidado na escolha de peças que tenham significado especial e não sejam
simplesmente a imitação de
um estilo é fundamental para
tornar os ambientes "estrangeiros" mais aconchegantes.
Para a professora judia Miriam Oelsner, por exemplo, os
pratos de estanho usados por
seus ancestrais e que estão pendurados na parede da cozinha
de sua casa são uma aula de história para os filhos.
"Essas peças são centenárias,
e gosto de deixá-las expostas
para lembrar minha família de
onde nós viemos", explica.
A consulesa-geral da Tailândia no Brasil, Thassance Wanick, também conta que aprende com os itens de seu país de
origem expostos em sua casa.
"O artesanato tailandês é
uma lição de vida. Primeiro,
porque é uma técnica de trabalho; segundo, porque aprende-se a exercitar a paciência", diz.
Para que a decoração seja
mais pessoal, geralmente é preciso dedicar tempo para a escolha e a aquisição de cada peça.
Em uma das paredes da casa
do empresário Sidney Fabiani,
ficam expostas máscaras de
origem africana que ele começou a colecionar em 1994.
"Há objetos de diversas regiões da África, como Angola e
Moçambique. Eu sempre procuro saber sobre suas histórias,
o que há por trás de cada um deles", explica.
Sem pacote
Especialistas são reticentes
com relação a consumidores
que decidem comprar um "pacote pronto" e pouco personalizado de decoração de uma determinada região.
Para o designer de interiores
Alex Lipzig, por exemplo, "uma
decoração temática que segue à
risca um estilo padrão de ambiente pode parecer falsa e enjoar rapidamente".
Assim, a dica é moldar o ambiente aos poucos, com paciência. "Cada canto da minha casa
tem uma história, então vai ser
difícil enjoar dela", revela Fabiani.
(MCN)
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