São Paulo, domingo, 04 de fevereiro de 2007

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Não deixe a casa cair

Rachaduras raramente derrubam a moradia, mas devem ser avaliadas

GIOVANNY GEROLLA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quando crateras se abrem no chão da cidade, o primeiro sinal de rachadura na parede já se torna uma preocupação com a estrutura da casa.
Também conhecida como trinca ou fissura -seu nome técnico-, ela nem sempre deve causar rugas de ansiedade. O perigo de desabamento depende de uma seqüência de erros no projeto, má execução da obra ou movimentação do solo.
É raro que a casa chegue a cair, mesmo que as rachaduras sejam causadas por danos na estrutura. O mais comum, nesse caso, é a queda da conta bancária: o conserto de um defeito estrutural costuma sair caro.
Mas "existem casos de fissuras na estrutura que não comprometem a moradia", diz a engenheira Inês Batagin, 51, superintendente da Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Para chegar à raiz do mal, o primeiro passo é "acompanhar o desenvolvimento dos "sintomas" -trincas em revestimentos ou alvenarias", orienta o professor da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro Francisco Reis.
A principal dica é checar se as trincas se movimentam, aumentando em comprimento ou espessura, ou se correm sobre pilares, vigas e lajes. Esses são os tipos que pedem mais cuidados -confira alguns deles na página seguinte.

Perigo disfarçado
Um dano mais grave, porém, não aparece obrigatoriamente em pilar, viga ou laje: pode surgir em uma parede, como um "efeito colateral" da doença estrutural. "Há defeitos estruturais que só aparecem na alvenaria", pontua Reis.
Assim, às vezes é necessário lançar mão de exames adicionais. O professor de construção civil da Faculdade Politécnica de Jundiaí Cleverson de Oliveira, 40, alerta para outros sinais.
"Infiltrações, destacamento de pisos e azulejos, piso de madeira empenado ou solto, descolamento de argamassa e manchas requerem a avaliação de um engenheiro civil."


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