UOL


São Paulo, domingo, 06 de julho de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PLANEJAMENTO

Profissionais dão dicas sobre disposição de balcões e ilhas nas cozinhas e ensinam a escolher equipamentos

Coifas e divisórias controlam cheiro e visual


FREE-LANCE PARA A FOLHA

Depois de oficializada a união da cozinha com o resto da casa, algumas configurações devem ser traçadas para não deixar que os aspectos olfativo e visual briguem com os outros ambientes.
Sem as paredes, os espaços passam a ser delimitados por um balcão (em forma de "L" ou de "U", por exemplo) ou por uma ilha -móvel quadrado ou retangular no meio da cozinha, que serve como área de trabalho.
Se a disposição para fazer reformas ou ampliar o mobiliário for pequena, uma mesa pode fazer essa mesma separação.
"A ilha exige mais espaço do que o balcão, porque pressupõe passagem por todos os lados", explica a arquiteta Layde Tuono, 46.
Esse móvel também pode conter o "cooktop", superfície que abriga os queimadores do fogão. Geralmente fabricados com as mesmas dimensões dos fogões tradicionais, levam vantagem na versatilidade.
"Em vez de ter os seis queimadores iguais, podem-se configurar dominós [conjuntos de duas bocas] unindo os queimadores tradicionais, os vitrocerâmicos e a churrasqueira", propõe Patrícia Lorenzino, 25, coordenadora de marketing da M. Cassab, que comercializa "cooktops".

Separação
Para evitar que a casa inteira fique cheirando a comida, um item indispensável é uma coifa com alto poder de fogo.
"Deve ter uma vazão mínima de cerca de 700 m3 por hora", recomenda Luiz Roberto Guimarães, diretor da Valcucine, referindo-se à sucção de ar do aparelho. Essa informação pode ser pedida ao vendedor do equipamento.
Os que de vez em quando se enfadam com o excesso de abertura na hora de ir para o fogão ou para a mesa podem optar por fechar a cozinha de vez em quando.
Para cumprir essa tarefa, Tuono idealizou painéis que funcionam como portas de correr, como pode ser visto em cômodo em exposição na Casa Cor.
Qualquer uma das alternativas é válida, desde que se tome cuidado para que a configuração do mobiliário não deixe o cozinheiro de costas para os convidados. "Acho bacana também que as visitas não tenham vista direta para a cuba", completa o arquiteto Fábio Levi.

Estilo
Os tampos dos balcões, ilhas e outras áreas de trabalho dividem-se entre as tarefas de serem úteis e bonitos.
Para a arquiteta Graciela Piñero, o mobiliário de madeira clara confere um ar mais cálido à cozinha, enquanto o vidro e o mármore costumam dar um toque mais moderno. "O importante é que as escolhas para a cozinha sigam a mesma linguagem do resto da casa", acrescenta.
Antes de planejar o revestimento de bancadas e tampos, o arquiteto Eduardo Siqueira recomenda aos fãs do mármore que tenham cuidado redobrado com o material. "Precisa ser tratado [cristalizado] para não manchar."
"O aço inox é muito bom para a área de trabalho, mas, como é um material frio, pode tornar-se desconfortável ao tato de quem vai comer ou apoiar-se no balcão para bater um papo", opina Guimarães, da Valcucine.

(BRUNA MARTINS FONTES)


ONDE ENCONTRAR: Abitare: 0/xx/11/ 3061-1125; Eduardo Siqueira & Alexandre Fantin: 0/xx/11/5561-2123; Graciela Piñero: 0/xx/11/4195-4416; Layde Tuono: 0/xx/11/3341-1660; M.Cassab: 0800-551089; Mario Bernardes: 0/xx/11/ 289-5066; Valcucine: 0/xx/11/3081-0121


Texto Anterior: Panelinha: Cozinha vira a mesa e ganha espaço na casa
Próximo Texto: Panorâmica - Normatização: Esquadria agora conta com selo de qualidade
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.