São Paulo, domingo, 08 de junho de 2008

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UNIÃO ESTÁVEL

Objetos em dobro mantêm privacidades

Dois chuveiros, uma cuba extra na pia do banheiro e mais armários preservam individualidades do casal

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A namorada do engenheiro Marcelo Pontes, 34, aproveitou uma viagem dele pelo Chile para radicalizar na transformação dos ambientes do apartamento para onde ela se mudaria.
"Quando voltei, ela havia mudado várias coisas: pintou a casa, redecorou alguns cômodos e também jogou várias coisas minhas fora", desabafa.
Mesmo com o susto de encontrar sua casa com outra cara, Pontes entendeu a decisão da parceira. "Ela precisava achar o espaço dela aqui dentro. Pena que eu não pude participar muito", brinca.
Para minimizar o impacto de quem já mora no imóvel, a coordenadora do curso de design de interiores do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), Lucia Goulart, dá as dicas. "Colocar duas cubas na pia e dois chuveiros ajuda a um não atrapalhar o outro de manhã", exemplifica.
"Na maioria das vezes, quem chega para morar na casa já conhece como as coisas funcionam ali. Então, é importante preservar alguns espaços individuais para que a vida em casal funcione melhor", aconselha.
A arquiteta Ana Resende, da Universidade Anhembi Morumbi, também dá importância à criação de novos espaços.
"No banheiro, por exemplo, deve-se ampliar a quantidade de armários. Uma mulher precisa de muito mais espaço para seus pertences que um homem nesse cômodo", argumenta.
Em outros ambientes também cabem mudanças para abrigar bem o novo morador.
"Se os dois gostariam de assistir à televisão da poltrona ou do sofá, é importante que haja espaço para o móvel", aponta Resende. "Afinal, é o momento em que a pessoa relaxa com a família", justifica.

Separados
O designer de móveis Marcus Ferreira, 37, achou uma saída inusitada para dividir o espaço com a namorada sem perder a independência de solteiro nem a convivência e a intimidade dos casados.
Eles vão morar no mesmo terreno, mas em casas diferentes. "O que vai separar a gente são só 30 metros de gramado. Faremos um deque para integrar as casas", explica ele.
No caso de Ferreira, a parceira fez só uma exigência. "Ela quer um sofá igual ao meu na sala dela", relata.
Há quem prefira nem deixar marcas em um local com o qual não tem identificação, caso da psicóloga Sandra Helal, 40.
Com a intenção de uma mudança futura do endereço conjunto, ela não interferiu em quase nada na decoração do apartamento onde mora há dois anos com o atual marido.
"Aqui não é minha casa ainda. Até tenho alguns objetos lindos de decoração, mas prefiro esperar mais um pouco para colocá-los em um lugar que seja a minha cara", argumenta. (MD)


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