FREE-LANCE PARA A FOLHA

Antes de ir às compras, o interessado em instalar uma sauna em casa deve decidir se está disposto a relaxar e aliviar as tensões sozinho ou acompanhado.
Para os primeiros, há no mercado modelos "populares", próprios para ser instalados no banheiro e que custam menos de R$ 300. Os demais têm o céu como limite e podem até integrar uma sauna a outros equipamentos, montando um spa caseiro.
Os "populares" têm duas vantagens: facilidade de instalação -geralmente, a cargo do usuário- e preço. Mas perdem no visual. Além disso, o vapor condensado não permite enxergar muita coisa além da cabine.
Para quem pode gastar mais, há máquinas compactas para interiores de boxe. O problema é que, em muitos casos, é preciso fechar a parte superior do compartimento (a dois metros do chão) para limitar o fluxo de vapor.
A saída é um tampo de acrílico, que funciona como "forro falso" em banheiros com pé-direito alto. Ele precisa ser removível, para dar acesso ao chuveiro. E os revendedores avisam: o usuário deve manter o boxe fechado, para evitar danos aos armários.

Ponto de encontro
As saunas maiores exigem um ambiente impermeável e que retenha umidade e calor. A alvenaria deve ter uma camada de 2 cm a 3 cm de vermiculita (mineral isolante), além de revestimento de azulejos ou madeira, dependendo do tipo de maquinário da sauna.
A úmida é alimentada por um gerador de vapor e precisa de um teto inclinado para escorrer a água, revestimento de azulejo, respiro, pontos de luz e de água. A seca é revestida em madeira natural. Um forno elétrico ou a gás aquece o recinto.
Sociabilidade e relaxamento são motivos apontados por consumidores que se dizem satisfeitos com as saunas que possuem.
A gerente de vendas Luciana Guimarães Marangon, 29, conta que a sauna seca do sítio onde mora, em Embu (25 km a oeste de São Paulo), virou ponto de encontro dos amigos e parentes.
Já o médico José Maurício Leme Tartari, 47, passa horas no minispa de sua casa, em Bragança Paulista (83 km ao norte de São Paulo). "É quando tento relaxar."
Esse não é o caso da aposentada Katsue Shiwa. "Ninguém tem tempo para ela, que só atrapalha no boxe." Seu filho Carlos Rafael Bosso, 24, define o sentimento familiar quanto ao aparelho: "Parece o inferno". (NATHALIA BARBOZA)