São Paulo, domingo, 09 de julho de 2006

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Pesquisa barateia crédito

Novos cartões de crédito e consórcio querem reduzir burocracia, mas linha de banco pode render desconto

Leonardo Wen/Folha Imagem
OBRA A PRAZO A advogada Stella Prado usou cartão de crédito ao comprar material para reformar o apartamento; "Calculamos quanto poderíamos gastar e escolhemos as lojas mais baratas"


BRUNA MARTINS FONTES
EDITORA-ASSISTENTE DE IMÓVEIS E CONSTRUÇÃO

Para subtrair burocracia no financiamento, lojas e fabricantes de materiais de construção passam a somar nova opção de crédito: cartão próprio.
Duas redes (C&C e Leroy Merlin) já o oferecem. A Tigre e a Amanco, fabricantes de tubos e produtos plásticos, vêm testando seu cartão em algumas cidades e prometem estendê-lo a mais lojas.
O processo é mais simples do que no banco: basta preencher a proposta em lojas ou na internet e fornecer dados pessoais. Pode-se pagar em até 24 vezes, com juros que variam de 1,99% a 4,5%.
Outra novidade para driblar a papelada é o Consórcio Nacional Embracon, que começa a ser oferecido neste mês em lojas credenciadas. "O cliente preenche o contrato na loja, manda por carta e é incluído no grupo", diz Andréa Richter, 36, gerente de negócios do Sincomavi (sindicato do comércio de material de construção).
Apesar de o pagamento ter sido facilitado, isso não significa relaxar na hora da pesquisa. Para pagar menos, não basta olhar só as taxas de juros.
"Juro mais baixo não significa parcela menor. Considere o preço total das mercadorias e as taxas cobradas, como a de abertura de crédito", completa o matemático financeiro José Dutra Vieira Sobrinho.
Ele recomenda pedir sempre o cálculo do valor das parcelas, com encargos financeiros incluídos. "Dá para saber se é mais vantajoso pedir ao banco ou parcelar no cartão", concorda Miguel de Oliveira, vice-presidente da Anefac (associação de executivos de finanças).

Desconto à vista
Outra opção é barganhar um desconto à vista usando linhas de financiamento do banco para pagar a loja. "De alguma forma, os juros estão embutidos no preço", alerta Oliveira.
A auxiliar administrativa Gláucia Miranda, 32, pediu crédito à Caixa Econômica Federal para financiar em dez anos a compra de material para construir sua casa. "Levou uns quatro meses para ser aprovado, mas os prazos e as taxas de juros foram muito bons. Tem que se planejar, porque é preciso prestar contas para o banco liberar o dinheiro", comenta.
Confira a seguir 12 alternativas para financiar a compra de material e o pagamento dos profissionais.


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