São Paulo, domingo, 09 de agosto de 2009

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Porta adentro

Na divisão de ambientes internos, espaço disponível e orçamento determinam escolha de modelo

Leticia Moreira/Folha Imagem
>> CAMUFLAGEM
Na entrada do apartamento da economista Priscilla Chumer, 32, a arquiteta Jóia Bergamo projetou portas laterais que disfarçam a presença do quadro de luz


DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se os tipos de porta de entrada não mudam muito -em geral são tradicionais, maciças-, as que dividem ambientes da casa têm perfis mais variados.
Conforme o espaço disponível, o cômodo e o orçamento, as opções vão desde as comuns, de uma folha, até as que deslizam em trilhos e as pivotantes, que giram ao redor de um eixo.
César Augusto de Oliveira, gerente comercial de portas da Eucatex, ressalta a influência do tipo de ambiente na escolha do modelo. A cozinha, por exemplo, requer abertura de 82 cm para passar uma geladeira.
"É preciso examinar o projeto da casa para depois escolher o tipo de porta adequado e ter um bom marceneiro para fazer a instalação", recomenda o arquiteto Marcelo Rosset.
Quando se quer otimizar a ocupação do espaço, as escolhas mais baratas são a sanfonada (em geral de PVC) e a camarão, de folhas mais largas -as mais comuns são de madeira. Esses modelos se adaptam com facilidade a aberturas menores, caso de um lavabo.
A sanfonada é leve e de fácil manutenção. Bruna Panzarini, gerente de marketing da fabricante Vipal, diz que o modelo pode ter detalhes de acrílico e acompanha kit de trilhos, trinco e parafusos com buchas e engates. Na altura de 2,10 m, custa a partir de R$ 50. Há aberturas de 60 cm, 72 cm ou 84 cm.
A camarão também integra ambientes em vãos maiores. Separa, por exemplo, a sala do "home theater". Mas o modelo "pede mais manutenção por ficar pendurado nos pinos", fala a arquiteta Alessandra Pires. A conservação depende do material e do tamanho das folhas. Madeira maciça exige mais do pivô de sustentação, que poderá emperrar com o tempo.
Uma porta (82 cm) convencional, de madeira, com acabamento em verniz, ferragens e instalação, sai por R$ 190; nos mesmos moldes, a camarão custa R$ 270, segundo Marli de Araújo Ferraz, dona da fabricante Portas Bonfim.
Lembre-se de que a porta camarão "come" ao menos 8 cm do vão na hora da abertura, por conta da espessura das folhas que se dobram sobre o batente.

Espaçosas
Entre as retráteis, há as de correr em trilhos mais sofisticadas e caras. O ideal é que esses modelos sejam fixados na parte superior da parede -o trilho do chão tem a função de manter a porta no prumo.
O trilho de sustentação deve ser instalado em estruturas como laje ou vigas. Paredes com forro de gesso demandam uma estrutura metálica para a fixação. Rosset fala que às vezes falta espaço no cômodo para a porta correr por dentro ou paralelamente à parede.
Também espaçosas são as portas pivotantes. O pivô deve estar a ao menos 15 cm do limite da porta, que serão debitados do vão para passagem.
Esse modelo é mais caro por exigir ferragens e batentes específicos, explica Marli Ferraz, da Portas Bonfim. E não é adequado para lugares que pedem vedação contra cheiros ou barulho, já que há um vão para a porta não raspar no batente.
Uma porta de entrada pivotante de 92 cm, de madeira e acabamento em verniz, com aberturas para três vidros, sai por R$ 1.300. O modelo de correr com uma folha de madeira de 92 cm, com ferragens e mão de obra, custa R$ 900 na mesma loja. (CRISTIANE CAPUCHINHO E ROSANGELA DE MOURA)

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