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Porta adentro
Na divisão de ambientes internos, espaço disponível e orçamento determinam escolha de modelo
Leticia Moreira/Folha Imagem
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>> CAMUFLAGEM
Na entrada do apartamento da economista Priscilla Chumer, 32, a
arquiteta Jóia Bergamo projetou portas laterais que disfarçam a
presença do quadro de luz
DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Se os tipos de porta de entrada não mudam muito -em geral são tradicionais, maciças-,
as que dividem ambientes da
casa têm perfis mais variados.
Conforme o espaço disponível, o cômodo e o orçamento, as
opções vão desde as comuns, de
uma folha, até as que deslizam
em trilhos e as pivotantes, que
giram ao redor de um eixo.
César Augusto de Oliveira,
gerente comercial de portas da
Eucatex, ressalta a influência
do tipo de ambiente na escolha
do modelo. A cozinha, por
exemplo, requer abertura de 82
cm para passar uma geladeira.
"É preciso examinar o projeto da casa para depois escolher
o tipo de porta adequado e ter
um bom marceneiro para fazer
a instalação", recomenda o arquiteto Marcelo Rosset.
Quando se quer otimizar a
ocupação do espaço, as escolhas mais baratas são a sanfonada (em geral de PVC) e a camarão, de folhas mais largas
-as mais comuns são de madeira. Esses modelos se adaptam com facilidade a aberturas
menores, caso de um lavabo.
A sanfonada é leve e de fácil
manutenção. Bruna Panzarini,
gerente de marketing da fabricante Vipal, diz que o modelo
pode ter detalhes de acrílico e
acompanha kit de trilhos, trinco e parafusos com buchas e engates. Na altura de 2,10 m, custa
a partir de R$ 50. Há aberturas
de 60 cm, 72 cm ou 84 cm.
A camarão também integra
ambientes em vãos maiores.
Separa, por exemplo, a sala do
"home theater". Mas o modelo
"pede mais manutenção por ficar pendurado nos pinos", fala
a arquiteta Alessandra Pires. A
conservação depende do material e do tamanho das folhas.
Madeira maciça exige mais do
pivô de sustentação, que poderá emperrar com o tempo.
Uma porta (82 cm) convencional, de madeira, com acabamento em verniz, ferragens e
instalação, sai por R$ 190; nos
mesmos moldes, a camarão
custa R$ 270, segundo Marli de
Araújo Ferraz, dona da fabricante Portas Bonfim.
Lembre-se de que a porta camarão "come" ao menos 8 cm
do vão na hora da abertura, por
conta da espessura das folhas
que se dobram sobre o batente.
Espaçosas
Entre as retráteis, há as de
correr em trilhos mais sofisticadas e caras. O ideal é que esses modelos sejam fixados na
parte superior da parede -o
trilho do chão tem a função de
manter a porta no prumo.
O trilho de sustentação deve
ser instalado em estruturas como laje ou vigas. Paredes com
forro de gesso demandam uma
estrutura metálica para a fixação. Rosset fala que às vezes falta espaço no cômodo para a
porta correr por dentro ou paralelamente à parede.
Também espaçosas são as
portas pivotantes. O pivô deve
estar a ao menos 15 cm do limite da porta, que serão debitados
do vão para passagem.
Esse modelo é mais caro por
exigir ferragens e batentes específicos, explica Marli Ferraz,
da Portas Bonfim. E não é adequado para lugares que pedem
vedação contra cheiros ou barulho, já que há um vão para a
porta não raspar no batente.
Uma porta de entrada pivotante de 92 cm, de madeira e
acabamento em verniz, com
aberturas para três vidros, sai
por R$ 1.300. O modelo de correr com uma folha de madeira
de 92 cm, com ferragens e mão
de obra, custa R$ 900 na mesma loja.
(CRISTIANE CAPUCHINHO E ROSANGELA DE MOURA)
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