São Paulo, domingo, 09 de dezembro de 2007

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Colchão sem sobressalto

Patricia Stavis/Folha Imagem
Embora crianças como Renata Araújo, 8, façam do colchão de mola um pula-pula, isso pode estragá-lo


ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para dormir com os anjos o sono dos justos, não é preciso berço de ouro, mas, certamente, deve-se ter um colchão em forma para o repouso.
Se, no decorrer da vida, um brasileiro passa, em média, 17 anos no colchão, não custa despender alguns minutos a mais no momento da compra.
Osvaldo Centoamore, diretor comercial do fabricante Probel, reforça que não é suficiente sentar ou tocar no produto. Deve-se deitar nele e passar o máximo de tempo possível.
A dica é abusar da boa vontade do vendedor e testar todos os modelos em todas as posições de uso. Há opções de mola e de espuma -nestas, é recomendada uma densidade adequada ao peso e à altura do usuário.
"Cheque se você se adapta melhor a colchões mais macios ou a mais firmes, independentemente de serem de mola ou espuma", ensina Centoamore.
Para o ortopedista e professor da Faculdade Paulista de Medicina Sérgio Nicoletti, é preciso evitar extremos. "Modelos muito macios não dão sustentação ao corpo, e, nos muito duros, ombros e quadril ficam mal acomodados."
Muitos fabricantes dão ao cliente o direito de ficar uma semana com o colchão em fase de adaptação; se não se sentir bem, poderá trocá-lo. A prática, porém, não é obrigatória.
A posição mais indicada para dormir é a de lado, com um travesseiro de altura aproximada da do ombro. Para mais conforto, use outro entre as pernas. "Evite dormir de bruços, pela sobrecarga lombar, e não pressione braços e pernas, o que prejudica a circulação e dificulta o sono", diz o professor.
Nicoletti comenta que a postura se relaciona à harmonia entre tronco, cabeça e ombros, e esse ajuste é controlado pelo cérebro em repouso. "É por isso que dormimos em uma posição e acordamos em outra."

Prazo de validade
Assim como o travesseiro, o colchão tem prazo de validade, que deve ser obedecido para evitar problemas alérgicos e respiratórios e dores no corpo.
Um colchão de espuma costuma durar cinco anos, e um de mola, dez anos. A garantia do fabricante deve ser interpretada como validade do produto.
Pelo critério visual, um colchão vencido tem superfície desnivelada, ou aparecem depressões geralmente nos lugares onde se apóiam os cotovelos e onde se senta antes de se levantar da cama, explica Alessandra de Farias, supervisora da Americanflex. A forração fica suja, descolorida ou rasgada.
Outros sinais de fim da linha são o casal rolar um em direção ao outro, sentir a base da cama ou ouvir ruídos ao se mover ou se apoiar sobre o colchão e senti-lo confortável em alguns pontos, mas não em outros.


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