Também estão em alta materiais sustentáveis, como lona reciclada

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os revestimentos clean têm seu reinado de mais de uma década abalado: texturas com relevo, florais geométricos, listras e xadrezes estão em alta.
"Mas essa mudança não deve ser abrupta", ressalta o designer de móveis Wilson Pipoli. "Ela começa por almofadas, encostos e uma das poltronas ou cadeiras do ambiente."
Anna Cristina Dias, dona da loja Celina Dias, diz que tecidos metálicos ou acobreados e camurças douradas ou prateadas com brilho se destacam nos novos catálogos da Ralph Lauren.
"O xadrez no estilo saia escocesa deixa de freqüentar só estofados de casas de campo e desembarca em áreas urbanas."
Desenhos bordados em tecidos de fibras naturais, linho e lona reciclada são a aposta de Mariana Gabriel, diretora de desenvolvimento de produto da fabricante JRJ.
"Os tecidos ecológicos, que misturam tons naturais com cores vibrantes como amarelo, fúcsia, berinjela, verde e vermelho, serão muito usados."
A loja Artefacto é uma das que abusaram de tecidos de linho com algodão nos novos móveis, de acordo com Wair de Paula, diretor de estilo e design: o couro sintético e o veludo de estofados têm base de algodão.
"Os revestimentos estão mais tecnológicos para que pareçam naturais. A viscose dá mais maciez e brilho ao algodão, o tecido amassa menos."
Wair comemora o desuso do chenile, do branco e do bege e elogia uma maior liberdade na hora de revestir os móveis.
"Assim como a mulher não combina mais o sapato com a bolsa, os estofados não devem ser coordenados, e sim ter critério de equilíbrio e harmonia na composição", compara.
É preciso ler atentamente a etiqueta do tecido e observar se ele tem selo de garantia, lembra Gabriel. "Tipo de lavagem, tratamentos especiais e cuidados com manutenção estão descritos na etiqueta." (RM)

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