São Paulo, domingo, 10 de agosto de 2008

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Organização e funcionalidade dão toque paterno a projetos de decoração

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ao pensar um ambiente paterno, o caráter estético deve ser casado a outro requisito de igual importância: o conforto. Assim, a organização e a funcionalidade do local falam alto nas escolhas para sua composição.
Rômulo Russi, arquiteto e docente de design de interiores do Senac São Paulo, explica que, em geral, os cantos mais pedidos pelos pais são "mini-home office", bar ou um espaço para leitura -todos na sala.
"Eles até vão às compras e já sabem o que querem. Não escolhem mais pufes para o bar, pois sabem que são desconfortáveis", exemplifica.
Outra preferência é por itens de design clean, caso de luminárias cromadas, pontua Russi. "Eles gostam desse tipo de acabamento", aponta.
Na linha da funcionalidade -e para ficar mais perto dos filhos-, o empresário Marcus Mota, 57, investiu cerca de R$ 17 mil em uma cozinha gourmet nova e derrubou uma parede para integrá-la à sala.
"Eu queria que ficasse funcional, com utensílios à mostra", conta. "Comprei os equipamentos que queria: um "cooktop" [fogão de mesa], um forno de embutir e uma bancada para toda a família e convidados", descreve.
Com a reforma, o pai e cozinheiro oficial da casa consegue conversar mais com as filhas. "Antes eu tinha que ficar gritando para elas me ouvirem. Agora elas ficam do meu lado enquanto assistem a seus programas de TV", diz.
Para o projeto dessa cozinha masculina, a preferência foi por madeiras escuras, tanto no piso como nos revestimentos dos armários. As cores das paredes são sóbrias, como bege e palha.
Na parede, apenas um quadro, dado de presente pela caçula quando ela ainda freqüentava o ensino infantil.
A arquiteta Denise Monteiro ressalta a "masculinidade" das escolhas de Mota.

Arte com significado
"A presença de cores como essas são mais comuns para os homens. Eles também apostam em obras de arte com significado, como um objeto trazido de viagem ou que tenha sido dado de presente", aponta.
Para um pai arquiteto, como é o caso de Robert Weigt, 43, um canto na casa que fosse a sua cara não seria um grande desafio. "É no living que eu me concentro e trabalho", ressalta.
E é numa poltrona de design Barcelona que ele desfruta da companhia de sua única filha, de sete anos. "Leio sozinho ou com ela. Também é onde tomo meu licor", conta.
(MARIANA DESIMONE)

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