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CASA DE PEDRA
Solidez é projetada do teto ao chão
Valores vão de R$ 50 a R$ 5.000 por metro quadrado; aplicação tipo canjiquinha é tendência
Divulgação
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Giancarlo Rocco aproveitou a pedra para dividir os ambientes na sala da casa de campo; a parede é iluminada por cobertura de vidro |
DA REPORTAGEM LOCAL
Sala de TV, cozinha, lavabo.
A decoração com pedras desfi-
la por toda a casa e de cima
a baixo nos ambientes, com
preços que nem sempre são
uma "pedrada" no bolso.
As nobres, como mármores e
granitos, são mais caras. Mas o
caminho das pedras também
pode ser trilhado com economia -há grande oferta de rochas de longa durabilidade,
como o granito, ou mais po-
rosas, como as calcárias, a
partir de R$ 50 o m2.
Arenito, ardósia, pedra madeira, pedra goiás e limestone
(pedra calcária) compõem o
grupo das de preço mais "macio". São porosas e podem ser
aplicadas em paredes.
Além da origem e da raridade
da pedra, o valor varia segundo
"tendências na decoração",
pondera o geólogo e engenheiro geotécnico Ely Frazão, 61.
Firme no grupo das rochas
elegantes e cifradas está o granito azul bahia, exemplifica.
A arquiteta Marí Oglouyan,
49, por sua vez, conta que revestiu "um lavabo de mármore
marrom imperial, que custou
R$ 1.500 em 2,5 m2".
Forro e piso nobres
"Outra opção é aplicar rochas
nobres no forro. Mármore ônix
[transparente], sustentado por
estrutura metálica e com iluminação atrás, tem preço e efeito
estético singulares: R$ 5.000
por m2", conta Oglouyan.
"Rolando" de forros e paredes, o mármore chega ao piso
de quem tem orçamento menos "duro" -mas não deve ser
colocado em áreas de tráfego
pesado, como escadas, por riscar com facilidade.
"Em pias, a melhor opção é o
granito, mais durável e resistente", lembra Frazão.
"O revestimento em pedra
pode estar ainda em uma parede que se estenda por ambientes internos e externos, unindo-os", observa o arquiteto
Gustavo Calazans, 32.
A fotógrafa Patrícia Paixão
Alonso, 37, amoleceu ante o
gosto rochoso do marido e revestiu uma das paredes da sala
de TV de pedra mineira. A aplicação foi feita com um tipo de
recorte em filetes chamado de
canjiquinha.
O arquiteto que fez o projeto,
Leonardo Junqueira, diz que o
ambiente já tinha paredes com
madeira trabalhada. Assim,
"para não deixar o ambiente
"pesado", os diferentes elementos não podiam "conversar".
"Apliquei canjiquinha atrás
das prateleiras e valorizei-a
com luz alaranjada", descreve.
Pedra falsa
Quem é contra a extração mineral pode buscar a decoração
pedrada em imitações -misturas prensadas de resina com
poeira de rocha.
"O maior cuidado é não comprar material sintético por natural", adverte Eduardo Quitete, 40, geólogo do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas).
A dica é perguntar na hora de
comprar. "Não se percebe a diferença a olho nu, mas produtores e fornecedores costumam
dizer o que é natural ou não",
orienta. "Já vi pedra artificial
por US$ 350 [R$ 753] o m2."
Frazão e Quitete alertam
ainda sobre a variação de tonalidade de um mesmo tipo de
pedra: "Deve-se checar se o fornecedor dispõe de um lote
completo no mesmo tom, que
será necessário para a obra".
A Wallpaper desenvolveu
um papel de parede coberto de
mica, rocha obtida da trituração de quartzo e granito.
Os pequenos pedaços são
prensados sobre o papel, e a superfície, que é impermeabilizada, pode ser limpa com pano
úmido ou espanador.
A decoradora Ines Maciel,
por sua vez, levou a pedra para
o mobiliário, em tampos de
mesas e cadeiras. Na Expoflora
2006, ela usou pufes de paralelepípedo no jardim: "São duráveis e dão uma cara diferente
ao ambiente", pondera.
(GG)
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