São Paulo, domingo, 10 de setembro de 2006

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Manutenção fácil reforça alternativa

DA REPORTAGEM LOCAL

Para dar mais firmeza à escolha do uso da pedra, o geólogo do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) Eduardo Brandau Quitete lembra que sua limpeza é a mais simples possível: exige apenas pano úmido ou aplicação de sabão neutro.
Mas "pedras duráveis e menos porosas, como o granito, quando perdem o brilho ao longo de muitos anos [duram até 15 anos, em média], pedem novo polimento", acrescenta.
Quando se pensa no trabalho de limpeza, porém, é necessário levar em conta que as superfícies têm de ser previamente impermeabilizadas.
"Isso é feito com óleo hidrofugante [repele a água, não a deixando ser absorvida pela pedra] ou com resina de poliuretano", explica o técnico da PedraLimp, José Dubena.
"A diferença é que o óleo -mais caro, de R$ 35 a R$ 40 por m2 aplicado- mantém a aparência fosca da rocha, enquanto a resina, que custa de R$ 25 a R$ 40 o m2, tira seu brilho natural", complementa.
Outra alternativa são resinas à base de siloxanos (derivados da areia). "São as mais sustentáveis para revestimento de paredes. Não resistem, porém, à abrasão e, portanto, são ruins para a impermeabilização de pisos", discorre Márcio Araújo, do Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica.
No caso de pedras mais lisas, como granito, a impermeabilização nem sempre é necessária, "a não ser para cobrir pequenas fissuras naturais da pedra recortada, evitando que se acumule sujeira", aconselha Quitete.
Quando a parede não foi impermeabilizada e o rejunte é seco -as pedras são coladas diretamente na massa, com espaços entre elas-, "a limpeza deve ser feita com espanador ou aspirador de pó", diz Dubena.
"Em casos mais extremos, use pano úmido ou chame uma firma especializada", orienta.
Em ambientes internos, a limpeza deve levar em conta o material do piso: "Se for de madeira, não se poderá jatear água nem usar ácido ou produtos que o manchem. O trabalho será manual e com custos que poderão chegar a R$ 800 por dia".

Colocação
Uma das pedras de toque de um bom projeto de decoração com minerais é a colocação das peças.
A arquiteta e docente do Senac de Campinas (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), Ines Maciel, 34, sugere buscar indicação de mão-de-obra com os fornecedores.
"O jeito mais comum de fixar a pedra é assentá-la na massa de fundo. Para o arenito, por exemplo, procuro sempre fazer uma massa de assentamento na cor da pedra, para que ela não manche", opina.
Para placas maiores e de pedras mais caras, como granito e mármore, podem-se colocar pequenos ganchos de aço inoxidável entre as peças e a parede.
"Mármores e granitos têm rejunte que impermeabiliza os espaços entre as placas, evitando infiltrações e manchas", descreve Maciel.
Os técnicos do IPT ressaltam que, em interiores, como a variação da temperatura é pequena e há menor dilatação do material, o perigo de descolamento é reduzido. (GG)


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