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Manutenção fácil reforça alternativa
DA REPORTAGEM LOCAL
Para dar mais firmeza à
escolha do uso da pedra, o
geólogo do IPT (Instituto
de Pesquisas Tecnológicas) Eduardo Brandau
Quitete lembra que sua
limpeza é a mais simples
possível: exige apenas pano úmido ou aplicação de
sabão neutro.
Mas "pedras duráveis e
menos porosas, como o
granito, quando perdem o
brilho ao longo de muitos
anos [duram até 15 anos,
em média], pedem novo
polimento", acrescenta.
Quando se pensa no trabalho de limpeza, porém, é
necessário levar em conta
que as superfícies têm de
ser previamente impermeabilizadas.
"Isso é feito com óleo hidrofugante [repele a água,
não a deixando ser absorvida pela pedra] ou com
resina de poliuretano", explica o técnico da PedraLimp, José Dubena.
"A diferença é que o óleo
-mais caro, de R$ 35 a R$
40 por m2 aplicado- mantém a aparência fosca da
rocha, enquanto a resina,
que custa de R$ 25 a R$ 40
o m2, tira seu brilho natural", complementa.
Outra alternativa são
resinas à base de siloxanos
(derivados da areia). "São
as mais sustentáveis para
revestimento de paredes.
Não resistem, porém, à
abrasão e, portanto, são
ruins para a impermeabilização de pisos", discorre
Márcio Araújo, do Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica.
No caso de pedras mais
lisas, como granito, a impermeabilização nem
sempre é necessária, "a
não ser para cobrir pequenas fissuras naturais da
pedra recortada, evitando
que se acumule sujeira",
aconselha Quitete.
Quando a parede não foi
impermeabilizada e o rejunte é seco -as pedras
são coladas diretamente
na massa, com espaços entre elas-, "a limpeza deve
ser feita com espanador
ou aspirador de pó", diz
Dubena.
"Em casos mais extremos, use pano úmido ou
chame uma firma especializada", orienta.
Em ambientes internos,
a limpeza deve levar em
conta o material do piso:
"Se for de madeira, não se
poderá jatear água nem
usar ácido ou produtos
que o manchem. O trabalho será manual e com
custos que poderão chegar
a R$ 800 por dia".
Colocação
Uma das pedras de toque de um bom projeto de
decoração com minerais é
a colocação das peças.
A arquiteta e docente do
Senac de Campinas (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), Ines Maciel, 34, sugere buscar indicação de mão-de-obra
com os fornecedores.
"O jeito mais comum de
fixar a pedra é assentá-la
na massa de fundo. Para o
arenito, por exemplo, procuro sempre fazer uma
massa de assentamento na
cor da pedra, para que ela
não manche", opina.
Para placas maiores e de
pedras mais caras, como
granito e mármore, podem-se colocar pequenos
ganchos de aço inoxidável
entre as peças e a parede.
"Mármores e granitos
têm rejunte que impermeabiliza os espaços entre
as placas, evitando infiltrações e manchas", descreve Maciel.
Os técnicos do IPT ressaltam que, em interiores,
como a variação da temperatura é pequena e há menor dilatação do material,
o perigo de descolamento
é reduzido.
(GG)
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