São Paulo, domingo, 11 de março de 2007

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CLIQUES PARA QUALQUER BOLSO

Sistemas complexos integram comandos

De um só ponto, dá para controlar toda a casa e até mais de um imóvel, o que custa de R$ 40 mil a R$ 100 mil

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para deixar a casa mais "inteligente", quem flerta com a alta tecnologia precisa investir bem mais na educação dela. Sistemas mais complexos e mais integrados pedem investimentos da ordem de milhares de reais.
Com R$ 16 mil, o arquiteto Antonio Gomes Júnior automatizou toda a iluminação de um apartamento de 45 m2.
Por R$ 40 mil -preço de um projeto da empresa de automação residencial Marbie System-, dá para colocar a casa dentro do computador. O proprietário pode acender e desligar luzes, som e outros equipamentos pela planta do imóvel, exibida na tela.
O empresário Douglas Camargo, 32, investiu cerca de R$ 50 mil na automação da iluminação de seu "home theater" para satisfazer um desejo de consumo. "Regulo som e luz ambiente da sala com um único dispositivo. Era meu sonho."
A segurança, um dos principais filões da automação, também pode ser bastante incrementada. Com R$ 100 mil, o comerciante D.W, 32, automatizou toda a casa e integrou o sistema de alarme com o do prédio onde mora. "Se acontecer alguma coisa no edifício, fico sabendo e posso acionar a polícia e vice-versa."

Segmentos
O engenheiro Carlos Bonatto, 41, dono da Tagdata, empresa de automação residencial, explica que dá para dividir os produtos em três segmentos.
Um deles são os sistemas de interligação de luz, ar-condicionado e tomadas. Outro, o de telecomunicação, substitui a instalação tradicional por um sistema único de cabos. E há dispositivos como aspiração central, aquecimento de piso e desembaçador de espelho.

Sem controle
Na era do controle remoto, a reflexão sobre a utilidade dos objetos automatizados também deve ter seu espaço.
Segundo o coordenador do Nomads (Núcleo de Estudos de Habitares Interativos) da Universidade de São Paulo, Marcelo Tramontano, 47, as pessoas devem pensar na real necessidade de equipamentos automáticos antes de consumi-los.
"Hoje há uma série de dispositivos automáticos que são quase inúteis, como o ligar e desligar de alguns objetos. Não sei até que ponto esse arsenal serve à sociedade brasileira. Eu aconselho as pessoas a avaliarem sua vida e como esse objeto facilitará o cotidiano", afirma.
Para D.W., o equipamento adquirido para seu "home theater" mostrou-se fundamental. "Quando o controle do sistema de integração do telão quebrou, usei o espaço 80% menos, porque todos os controles remotos juntos [TV, som e DVD] eram muito complicados", explica.
A arquiteta Simone Goltcher, 34, usou a tecnologia para projetar uma casa para deficientes visuais. "Pelo comando de voz, podem-se abrir e fechar as persianas, acender ou apagar as luzes e controlar ar-condicionado e aparelhos eletrônicos."
A tecnologia foi concebida pela Home Control e pelo Genius Instituto de Tecnologia. "É um trabalho de integração de sistemas com conceito de automação", diz Reiner von Wallwitz, da Home Control.


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