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CLIQUES PARA QUALQUER BOLSO
Sistemas complexos integram comandos
De um só ponto, dá para controlar toda a casa e até mais de um imóvel, o que custa de R$ 40 mil a R$ 100 mil
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para deixar a casa mais "inteligente", quem flerta com a alta
tecnologia precisa investir bem
mais na educação dela. Sistemas mais complexos e mais integrados pedem investimentos
da ordem de milhares de reais.
Com R$ 16 mil, o arquiteto
Antonio Gomes Júnior automatizou toda a iluminação de
um apartamento de 45 m2.
Por R$ 40 mil -preço de um
projeto da empresa de automação residencial Marbie
System-, dá para colocar a casa dentro do computador. O
proprietário pode acender e
desligar luzes, som e outros
equipamentos pela planta do
imóvel, exibida na tela.
O empresário Douglas Camargo, 32, investiu cerca de
R$ 50 mil na automação da iluminação de seu "home theater"
para satisfazer um desejo de
consumo. "Regulo som e luz
ambiente da sala com um único
dispositivo. Era meu sonho."
A segurança, um dos principais filões da automação, também pode ser bastante incrementada. Com R$ 100 mil, o
comerciante D.W, 32, automatizou toda a casa e integrou o
sistema de alarme com o do
prédio onde mora. "Se acontecer alguma coisa no edifício, fico sabendo e posso acionar a
polícia e vice-versa."
Segmentos
O engenheiro Carlos Bonatto, 41, dono da Tagdata, empresa de automação residencial,
explica que dá para dividir os
produtos em três segmentos.
Um deles são os sistemas de
interligação de luz, ar-condicionado e tomadas. Outro, o de
telecomunicação, substitui a
instalação tradicional por um
sistema único de cabos. E há
dispositivos como aspiração
central, aquecimento de piso e
desembaçador de espelho.
Sem controle
Na era do controle remoto, a
reflexão sobre a utilidade dos
objetos automatizados também deve ter seu espaço.
Segundo o coordenador do
Nomads (Núcleo de Estudos de
Habitares Interativos) da Universidade de São Paulo, Marcelo Tramontano, 47, as pessoas
devem pensar na real necessidade de equipamentos automáticos antes de consumi-los.
"Hoje há uma série de dispositivos automáticos que são
quase inúteis, como o ligar e
desligar de alguns objetos. Não
sei até que ponto esse arsenal
serve à sociedade brasileira. Eu
aconselho as pessoas a avaliarem sua vida e como esse objeto
facilitará o cotidiano", afirma.
Para D.W., o equipamento
adquirido para seu "home theater" mostrou-se fundamental.
"Quando o controle do sistema
de integração do telão quebrou,
usei o espaço 80% menos, porque todos os controles remotos
juntos [TV, som e DVD] eram
muito complicados", explica.
A arquiteta Simone Goltcher,
34, usou a tecnologia para projetar uma casa para deficientes
visuais. "Pelo comando de voz,
podem-se abrir e fechar as persianas, acender ou apagar as luzes e controlar ar-condicionado e aparelhos eletrônicos."
A tecnologia foi concebida
pela Home Control e pelo Genius Instituto de Tecnologia.
"É um trabalho de integração
de sistemas com conceito de
automação", diz Reiner von
Wallwitz, da Home Control.
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