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São Paulo, domingo, 11 de maio de 2003

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DESIGN

Reunidos em São Paulo, especialistas comentam salão

Espuma injetável é o melhor de Milão

Divulgação
Vidro e alumínio conferem leveza e transparência aos móveis


FREE-LANCE PARA A FOLHA

Quem não foi ao Salão Internacional do Móvel de Milão (Itália), realizado entre os dias 9 e 14 de abril, teve uma chance de ficar por dentro do que foi exposto e explorado durante o evento.
Na última terça-feira, profissionais da área de design e decoração se reuniram no seminário Notícias de Milão, organizado pelo Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e contaram ao público brasileiro quais materiais, formas e estilos mais chamaram sua atenção.
Um consenso, de acordo com os palestrantes, ficou por conta das peças em espuma injetável, de desenho simples e projetados para oferecer mais conforto.
Para a arquiteta e designer Brunete Fraccaroli, formas orgânicas e materiais como o Corian e o acrílico foram muito vistos por lá.
Na paleta, o furta-cor foi o matiz predominante nos espaços. "A atitude de transformar o estilo kitsch em objetos engraçados, como um mictório em forma de boca ou um porta-toalha em forma de mão, foi muito comum na mostra", comenta Fraccaroli.
De acordo com Silvia Grilli, designer, e César Cini, empresário do setor moveleiro, outros pontos de destaque foram o visual natural e o uso de madeiras claras, especialmente as do tipo linheiro, com detalhes coloridos (em verde e vermelho, por exemplo), mas menos vibrantes.
Também ressaltam a valorização das transparências -com a versatilidade do uso dos vidros em móveis (aliados a sistemas de iluminação) e divisórias de ambientes- e do alumínio, da pintura aos modelos ondulados, em diversos acabamentos.

Futuro
Essa diversidade de estilos é a direção para onde caminha o design daqui por diante, na opinião da designer Baba Vacaro, 37.
"Não existe mais a ditadura do gosto, de limitar-se a estilos predominantes, como o minimalismo ou o clássico, por exemplo. O futuro aponta para que o design atinja mais produtos, mais pessoas, respeitando seus estilos."
Alguns destaques apresentados em Milão devem demorar para aportar nas pranchetas e nas lojas brasileiras. "As tendências geralmente levam um ou dois anos para chegar aqui", afirma Fraccaroli.
"O Salão funciona como um norte global nessa área, mas lá [na Itália" a indústria dá mais liberdade criativa aos designers, enquanto no Brasil algumas amarras tecnológicas impedem que sejam desenvolvidos produtos como lá", constata Vacaro. Apesar disso, ela avalia que o design brasileiro tem evoluído muito nos últimos anos. (BRUNA MARTINS FONTES)


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