São Paulo, domingo, 12 de setembro de 2004

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PINTURA

Especialistas mostram como acertar na escolha de tons vibrantes

Cor ganha sinal verde para levantar astral da casa

Fernando Moraes/Folha Imagem
A dona-de-casa Ana Rosa da Silva, 39, pediu sugestão a um consultor e "esquentou" o quarto emoldurando a cama com o abóbora


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Boa notícia para quem pensa em dar novo ânimo às paredes de casa. Cores ""limpas e vivas" são a tendência mundial para as tintas em 2005. Os fabricantes também vão clarear os tons queimados.
"As pessoas estão mais propícias a aceitar cores e tons diferentes", avalia Valéria Tavares, coordenadora do Grupo Pró-Cor do Brasil, que congrega profissionais para discutir as mudanças.
O sinal está verde para a ousadia, mas a luz amarela acende na hora de escolher e combinar matizes fortes e vibrantes.
Se a idéia é imprimir sensações ao ambiente, tons pastel não são boa opção, diz Bianca Tognollo, consultora de cores da Coral. "Não têm a mesma influência sensorial das cores limpas."
Cada ambiente tem uma cor mais indicada. As quentes, como vermelho, laranja e amarelo, estimulam o bate-papo na sala e abrem o apetite na cozinha.
No quarto, verde, azul e cinza trazem um clima de sossego. Nesse cômodo, crianças gostam do colorido, mas ele deve ser suavizado durante o crescimento.
"Tire a intensidade das cores aos poucos, para privilegiar a concentração na lição de casa", explica João Carlos de Oliveira Cesar, consultor de cores em ambientes e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (Universidade de São Paulo).

Luz e preço
Escolhida a tinta, é preciso saber fazer composições. A arquiteta Cilene Monteiro Lupi diz que prefere tons vibrantes em detalhes, deixando o fundo neutro.
"É preciso que haja equilíbrio. Se pintar uma parede de vermelho, é bom pensar em aplicar o branco nas outras três", sugere Fábio Ruiz, gerente de produtos da unidade química da Eucatex.
A iluminação é outro aspecto importante a ser avaliado. "É comum as pessoas acharem que a cor ficou mais escura na parede. Na verdade, o ambiente da casa é que é mais escuro que o da loja", ensina Tognollo.
Para evitar esse erro, a arquiteta Therezinha Silvestrini recomenda pedir para baixar "10% ou 15% mais" a cor pedida no balcão.
O arquiteto Flávio Butti atenta para o orçamento. "Quem vai ousar com cores fortes deve ter em mente a possibilidade de repintar em menos de cinco anos." (NATHALIA BARBOZA)

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