Itens de cerâmica, porcelanato e pedra "dão uma gelada" nos ambientes; vidro esquenta ainda mais o clima

DA REPORTAGEM LOCAL

A tarefa de equipar a casa para o combate ao calor começa pelo alto: telhas de cerâmica permitem que a água resfrie os ambientes ao evaporar.
Entre telhado e forro, uma subcobertura ("foil") de alumínio e lã de vidro barra a entrada do caloroso intruso, orienta Maria Akutsu, 53, pesquisadora do Laboratório de Conforto Ambiental e Sustentabilidade dos Edifícios do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo).
Mas é preciso manter o frescor entre o telhado e o forro. "Não vede a entrada de ar [nas laterais] para impedir o acesso de bichos, use grades", sugere a professora Lucila Labaki.
Dentro de casa, a ventilação deve ser cruzada, com aberturas em fachadas opostas. "Não basta um janelão. É preciso ter outra abertura que favoreça a saída do vento", ressalta Luciano Imperatori, 37, da Hochheimer e Imperatori Arquitetura.

Vidro caloroso
Materiais de revestimento, como cerâmicas, porcelanatos e pedras, também "dão um refresco". Já o vidro, ao deixar a luz natural entrar, traz como penetra a radiação solar, que acaba ficando presa no interior.
Mesmo ciente desse porém, o engenheiro Sérgio Cordeiro, 45, projetou uma casa de estrutura metálica e vidro, "para a iluminação acabar com ácaros e mofo", diz. Mas colocou subcobertura no forro e brises e persianas nas janelas. Duas cascatas resfriam em até 5ºC o ar externo, que é conduzido por um duto e liberado por grelhas no piso da sala de estar. (DF)

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