São Paulo, domingo, 13 de julho de 2008

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LUZ SOBRE AS JANELAS

Regiões de ventania pedem modelos mais resistentes

Norma prevê também diferenças de acordo com o andar do prédio em que é instalada a esquadria

DA REPORTAGEM LOCAL

Na hora de comprar uma janela em qualquer região do Brasil, a norma NBR 10821 ajuda a verificar itens como estanqueidade da água e resistência mecânica ao uso e a forças como rajadas de vento.
Em relação ao último critério, porém, é preciso ter uma atenção geográfica especial: a norma apresenta diferenças regionais a serem respeitadas.
Isso acontece porque, conforme o local do país, as lufadas são mais ou menos intensas.
O parâmetro aconselhado aparece no selo da Afeal e é específico para a região a que se destina cada janela. São definidas cinco áreas, segundo maior ou menor quantidade de vento.
Uma esquadria utilizada em casas térreas da região central do Brasil sofrerá menos com variações da pressão atmosférica do que aquela usada em prédios à beira-mar, por exemplo.
É preciso lembrar que a janela preparada para uma região em que venta muito, embora custe mais caro, servirá também para uma área em que venta pouco -mas não vice-versa.
Além do mapa com a indicação das regiões, a norma se divide em classes, sugerindo esquadrias diferentes para edifícios que tenham dois, quatro ou mais pavimentos -a ventania é variável de acordo com a distância do chão.

Código do Consumidor
As regras, embora não sejam obrigatórias, servem ainda na hora de reclamar de problemas com um produto instalado -o que vale para janelas compradas diretamente pelo cliente e também para esquadrias de um imóvel adquirido.
"Pelo Código do Consumidor, o primeiro que responde solidariamente é a construtora [em caso de problemas em um imóvel comprado pronto]", observa Luiz Fernando Bueno, do SindusCon-SP (sindicato da construção civil de São Paulo).

Outros materiais
Apesar de se referirem a produtos de alumínio, os padrões da norma podem ser extendidos a produtos de outros materiais, como o aço.
"O processo de fazer encaixes é mais complicado no caso do aço, então é mais difícil atender às normas de vedação", pondera o engenheiro Maurício Sasazaki. "Mas existem linhas que alcançam o padrão [da norma de alumínio]."
Quem já tem uma janela que não atende às exigências pode encontrar uma solução sem a troca completa da esquadria.
Em problemas como a falta de componentes como rodízio, escova e borracha ou sua baixa qualidade, técnicos podem resolver com a simples substituição. Nesse caso, é recomendável chamar especialistas para uma avaliação.
(CRISTIANE CAPUCHINHO)



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