São Paulo, domingo, 14 de janeiro de 2007

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Decoração (des)colada

Pôsteres são opções baratas a quadros, mas devem combinar com cores e objetos do local

Giovanny Gerolla/Folha Imagem
Em estilo pop art, o artista Sérgio Astral pinta fotos, personalidades e personagens de quadrinhos em telas, que decoram como pôsteres; elas, em média, são vendidas por R$ 250


GIOVANNY GEROLLA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quem gosta de pendurar imagens para decorar a casa não precisa recorrer a leilões de arte nem gastar fortunas com pintores famosos. Bem-ambientados, os pôsteres fazem as vezes de quadros.
"O pôster parece a fotografia, remete a fases da vida ou a experiências interessantes", justifica o fotógrafo da Casa do Pôster, Miguel Luís Betti, 40.
"Fica bem em qualquer ambiente a que se queira dar um aspecto descontraído, como ao colocar um anúncio de sabonete dos anos 40 no lavabo."
Ele fotografa anúncios de revistas antigas e os transforma em cartazes, vendidos por preços que variam de R$ 17 a R$ 30.
A veterinária Mayra Ferreira Poitena, 25, pendura cartazes dos seus filmes preferidos e "que ornem com as cores do apartamento".
Se os mais conservadores vêem com reserva o uso de pôsteres na decoração, há os que consideram os cartazes uma alternativa de bom gosto -e mais em conta- a um quadro.
"O pôster não deve ter o papel de tela", opina a arquiteta Lilian Fraga, 44. "Não adianta usar uma moldura para um Caravaggio num pôster da Marilyn Monroe."

Papel de quadro
Mas adeptos dos cartazes atribuem a eles um alto valor decorativo. Como o designer gráfico Rodrigo Sommer, 33.
Nas paredes do apartamento em que mora com a mulher, a cozinheira Carol Helena, 27, em vez de Picassos ou Mondrians, há pôsteres feitos por ele mesmo e outras opções criativas, como a adaptação de um catálogo da pintora Vania Mignone. "Recortei as imagens e as colei em papelão", relata.
A criatividade dá mesmo o tom na hora de achar soluções decorativas com pôsteres. Postais publicitários de bares, carros e bebidas forram uma das paredes do quarto do publicitário Rodrigo Osório, 23.
Já o diretor de arte Alexandre Colaiacovo, 36, aproveitou, de um quadro que ganhou da avó, apenas a moldura. "Coloquei nela um cartaz dos anos 80, da série Besouro Verde, com Bruce Lee", exibe.


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