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Decoração (des)colada
Pôsteres são opções baratas a quadros, mas devem combinar com cores e objetos do local
Giovanny Gerolla/Folha Imagem
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Em estilo pop art, o artista Sérgio Astral pinta fotos, personalidades e personagens de quadrinhos em telas, que decoram como pôsteres; elas, em média, são vendidas por R$ 250 |
GIOVANNY GEROLLA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quem gosta de pendurar
imagens para decorar a casa
não precisa recorrer a leilões de
arte nem gastar fortunas com
pintores famosos. Bem-ambientados, os pôsteres fazem as
vezes de quadros.
"O pôster parece a fotografia,
remete a fases da vida ou a experiências interessantes", justifica o fotógrafo da Casa do
Pôster, Miguel Luís Betti, 40.
"Fica bem em qualquer ambiente a que se queira dar um
aspecto descontraído, como ao
colocar um anúncio de sabonete dos anos 40 no lavabo."
Ele fotografa anúncios de revistas antigas e os transforma
em cartazes, vendidos por preços que variam de R$ 17 a R$ 30.
A veterinária Mayra Ferreira
Poitena, 25, pendura cartazes
dos seus filmes preferidos e
"que ornem com as cores do
apartamento".
Se os mais conservadores
vêem com reserva o uso de pôsteres na decoração, há os que
consideram os cartazes uma alternativa de bom gosto -e mais
em conta- a um quadro.
"O pôster não deve ter o papel de tela", opina a arquiteta
Lilian Fraga, 44. "Não adianta
usar uma moldura para um Caravaggio num pôster da Marilyn Monroe."
Papel de quadro
Mas adeptos dos cartazes
atribuem a eles um alto valor
decorativo. Como o designer
gráfico Rodrigo Sommer, 33.
Nas paredes do apartamento
em que mora com a mulher, a
cozinheira Carol Helena, 27,
em vez de Picassos ou Mondrians, há pôsteres feitos por
ele mesmo e outras opções
criativas, como a adaptação de
um catálogo da pintora Vania
Mignone. "Recortei as imagens
e as colei em papelão", relata.
A criatividade dá mesmo o
tom na hora de achar soluções
decorativas com pôsteres. Postais publicitários de bares, carros e bebidas forram uma das
paredes do quarto do publicitário Rodrigo Osório, 23.
Já o diretor de arte Alexandre Colaiacovo, 36, aproveitou,
de um quadro que ganhou da
avó, apenas a moldura. "Coloquei nela um cartaz dos anos
80, da série Besouro Verde,
com Bruce Lee", exibe.
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