São Paulo, domingo, 15 de abril de 2007

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Norma quebra porcelanato frágil

ABNT define parâmetros de desempenho para o mais nobre dos revestimentos cerâmicos

Renato Stockler/Folha Imagem
Cliente observa modelo de porcelanato em loja de revestimentos cerâmicos na capital paulista

DÉBORA FANTINI
DA REPORTAGEM LOCAL

Resistência a peso, riscos e manchas arrematada pela beleza. O consumidor agora tem um instrumento que clareia os parâmetros dos predicados superlativos do porcelanato -o mais nobre dos revestimentos cerâmicos e mais duro que o mármore e o granito.
No final de fevereiro, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) publicou a norma "15.463 - Placas Cerâmicas para Revestimentos - Porcelanato". Antes disso, os requisitos técnicos de qualidade para o produto eram ditados por normas gerais sobre cerâmica.
"A norma ajuda a harmonizar conflitos entre consumidores e fornecedores", diz Márcia Oliveira, 47, supervisora do Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor).
E poderá ser um fator determinante na hora de escolher a marca a ser comprada, por ser "voluntária": só vai aderir a ela o fabricante que quiser. O porcelanato normatizado será identificado por um selo, que está sendo desenvolvido e deve circular ainda neste ano.
O diferencial ajudará principalmente em relação aos porcelanatos chineses, que chegam ao mercado brasileiro a preços menores.
"O porcelanato chinês não é necessariamente de qualidade inferior. Independentemente da nacionalidade, há produtos bons e ruins", pondera o geólogo do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo) Francisco Motta, 52, especialista em cerâmica.

Manchas e riscos
As principais reclamações sobre revestimentos cerâmicos recebidas pelo Procon dizem respeito a manchas e riscos.
"Num primeiro momento, o fabricante costuma jogar a culpa em quem fez a instalação, mas acaba arcando com a correção porque quer fidelizar o cliente", conta a supervisora.
"A instalação do porcelanato demanda mais cuidado e mão-de-obra especializada, e os fabricantes estão à disposição para dar orientações", rebate Adriano Lima, 49, presidente da Anfacer (Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos).


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