São Paulo, domingo, 15 de abril de 2007

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Porcelanato

Além da norma,qualidade exige boa colocação das peças

Regras de excelência do porcelanato incluem projeto do espaço, nivelamento do contrapiso e rejunte "fino"

DA REPORTAGEM LOCAL

Para assegurar a durabilidade e a beleza do porcelanato, não basta uma norma técnica específica: instalação correta é fundamental, começando por assentadores especializados.
Antes da compra, a paginação do espaço permite recortar as placas e definir o ponto de início da instalação que ofereça o melhor aproveitamento do material e disfarce os pontos de corte. Arquitetos das lojas ou de empresas de assentamento fazem esse projeto.
O contrapiso deve estar bem nivelado para evitar que a placa quebre ou lasque, principalmente se a peça for grande.
"Em 98% das obras, é preciso regular [o nivelamento]", calcula o arquiteto André Moral, 32, da Step Revestimentos (0/ xx/11/5571-4481), empresa especializada em assentamento.
Ele lembra que a rigidez do porcelanato dificulta furos e recortes. Assim, instalar armários, suportes para toalhas e ralos pede bom planejamento.
No lugar dos ralos em banheiros e varandas, Moral indica substitui-los por grelhas. "Elas deve ficar num canto, e o piso deve ser inclinado", descreve o arquiteto.
Uma das vantagens estéticas do porcelanato, para arquitetos e decoradores, é a junta seca -ausência de rejunte entre as placas que dá a impressão de que o pavimento é contínuo.
"Não fica aquele aspecto quadriculado das outras cerâmicas", descreve o arquiteto José Ricardo Basiches, 32.
Mas os fabricantes contra-indicam dispensar as juntas -a orientação é reduzi-las. "Deve-se usar rejunte epóxi, e as juntas não podem ter menos de 1,5 mm de espessura, mas não precisam ter mais de 2 mm", diz o gerente técnico da fabricante Portobello Roberto Basso, 43.
A argamassa deve ser do tipo colante flexível, específica para porcelanato.

Além das áreas molhadas
Cozinha e banheiro ainda são os redutos do material em casas e apartamentos. Mas, há dez anos no mercado brasileiro e correspondente a 6% da produção nacional de cerâmicas, segundo a Anfacer, o porcelanato também faz frente às pedras nobres em salas e quartos.
Além das texturas de granito e mármore, há versões que mimetizam madeira e couro.
A arquiteta Lu Pinheiro, 42, usou um padrão que imita couro na parede úmida de um escritório. "Não dava para usar madeira nem outro revestimento natural mais quente e austero", conta.
A variedade de aspectos e preços do porcelanato dá flexibilidade para adaptar o projeto ao gosto do cliente, vantagem apontada pela arquiteta Veridiana Tamburus, 36.
Mas, dentre as opções do catálogo, seus modelos favoritos são aqueles em tons de cimento. "Não gosto das imitações."
Tamburus prefere deixar o porcelanato restrito a cozinhas e banheiros, mas não apenas em pisos e paredes. Ela usa o material em bancadas inteiriças, feitas sob encomenda. (DF)


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