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Quarto empregado
Cômodo da área de serviço vira espaço multiuso ao ser integrado à ala íntima
Fotos Danilo Verpa/Folha Imagem
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O quarto de empregada de Yvone Pereira é chapelaria e "lounge' em dia de festa |
DÉBORA FANTINI
DA REPORTAGEM LOCAL
Um quarto sem empregada
não está destinado a virar um
depósito improvisado. Apesar
dos poucos metros quadrados,
o cômodo pode ser mais bem
empregado se deixar de pertencer à área de serviço.
"Deslocado" para a ala íntima
por meio de mudanças na arquitetura do imóvel, pode se
metamorfosear em dormitório,
"home office", banheiro, closet
ou em um cômodo multiuso.
A organizadora de casa Yvone Pereira encontrou três novas funções para o cômodo que
na planta original era quarto de
empregada: quarto de hóspedes, "home office" e chapelaria.
"Nos dias de festa, coloco um
cabideiro para bolsas e casacos
e, na cama, jogo mantas e almofadas para acomodar convidados que tomarem umas a mais."
As obras se resumiram a fechar a porta e a abrir uma nova,
voltada para a área íntima do
apartamento. "Instalei uma
cortina de voile para esconder a
janela, que é uma daquelas de
vitrô antigonas", arremata.
Já o arquiteto Caetano Del
Pozzo, 41, nem precisou fazer
obras em seu apartamento. Como o ex-quarto que virou closet
tem duas portas, basta manter
fechada a que abre para a área
de serviço -a outra dá para o
corredor dos demais quartos.
Já num projeto mais sofisticado, Del Pozzo deu um destino
menos comum ao local: transformou-o em sala de ginástica.
Para isolá-la visualmente da
área de serviço, foi colocada
uma parede de vidro leitoso. "E
a nova porta, que dá para o hall
de entrada, fica disfarçada, sem
maçaneta", descreve.
Integração
O quarto de empregada pode
também ser incorporado a outro cômodo, tornando-o maior.
Em projeto do arquiteto Olegário de Sá, 42, ele ocupava posição privilegiada na planta.
Contíguo à suíte, foi integrado
ao banheiro, que ganhou banheira de hidromassagem.
"Como a parede que separava os cômodos não era estrutural, pôde ser derrubada", descreve o arquiteto. O custo da reforma foi de cerca de R$ 10 mil.
E uma viga invertida (posicionada no chão, como um degrau) não atrapalhou a incorporação do quarto de empregada para ampliar o living num
projeto do arquiteto Antonio
Ferreira Junior, 47: "Um móvel
foi projetado para "abraçá-la'".
Verificar a planta é o primeiro passo para quem está disposto a obras para aproveitar melhor o quarto de empregada.
"Um especialista deve localizar os pilares do prédio para
avaliar a possibilidade de derrubar paredes", aponta Rômulo
Russi, 40, professor do curso
técnico de design de interiores
do Senac-SP (Serviço Nacional
de Aprendizagem Comercial).
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