São Paulo, domingo, 16 de setembro de 2007

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Quarto empregado

Cômodo da área de serviço vira espaço multiuso ao ser integrado à ala íntima

Fotos Danilo Verpa/Folha Imagem
O quarto de empregada de Yvone Pereira é chapelaria e "lounge' em dia de festa


DÉBORA FANTINI
DA REPORTAGEM LOCAL

Um quarto sem empregada não está destinado a virar um depósito improvisado. Apesar dos poucos metros quadrados, o cômodo pode ser mais bem empregado se deixar de pertencer à área de serviço.
"Deslocado" para a ala íntima por meio de mudanças na arquitetura do imóvel, pode se metamorfosear em dormitório, "home office", banheiro, closet ou em um cômodo multiuso.
A organizadora de casa Yvone Pereira encontrou três novas funções para o cômodo que na planta original era quarto de empregada: quarto de hóspedes, "home office" e chapelaria.
"Nos dias de festa, coloco um cabideiro para bolsas e casacos e, na cama, jogo mantas e almofadas para acomodar convidados que tomarem umas a mais."
As obras se resumiram a fechar a porta e a abrir uma nova, voltada para a área íntima do apartamento. "Instalei uma cortina de voile para esconder a janela, que é uma daquelas de vitrô antigonas", arremata.
Já o arquiteto Caetano Del Pozzo, 41, nem precisou fazer obras em seu apartamento. Como o ex-quarto que virou closet tem duas portas, basta manter fechada a que abre para a área de serviço -a outra dá para o corredor dos demais quartos.
Já num projeto mais sofisticado, Del Pozzo deu um destino menos comum ao local: transformou-o em sala de ginástica.
Para isolá-la visualmente da área de serviço, foi colocada uma parede de vidro leitoso. "E a nova porta, que dá para o hall de entrada, fica disfarçada, sem maçaneta", descreve.

Integração
O quarto de empregada pode também ser incorporado a outro cômodo, tornando-o maior.
Em projeto do arquiteto Olegário de Sá, 42, ele ocupava posição privilegiada na planta. Contíguo à suíte, foi integrado ao banheiro, que ganhou banheira de hidromassagem.
"Como a parede que separava os cômodos não era estrutural, pôde ser derrubada", descreve o arquiteto. O custo da reforma foi de cerca de R$ 10 mil.
E uma viga invertida (posicionada no chão, como um degrau) não atrapalhou a incorporação do quarto de empregada para ampliar o living num projeto do arquiteto Antonio Ferreira Junior, 47: "Um móvel foi projetado para "abraçá-la'".
Verificar a planta é o primeiro passo para quem está disposto a obras para aproveitar melhor o quarto de empregada.
"Um especialista deve localizar os pilares do prédio para avaliar a possibilidade de derrubar paredes", aponta Rômulo Russi, 40, professor do curso técnico de design de interiores do Senac-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial).

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