São Paulo, domingo, 17 de junho de 2007

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área verde

Plantas da vovó resgatam infância e entram na moda

Espécies comuns nas décadas de 50, 60 e 70 voltam sob rótulo "vintage"

DA REPORTAGEM LOCAL

Cultivadas na memória afetiva de muita gente, antúrios, avencas, melindres, samambaias e outras espécies que enfeitaram casas nas décadas de 50 a 70 estão de novo na moda.
Elas têm sido chamadas de plantas "vintage", termo usado para designar objetos -roupas, mobília, carros- que adquirem valor com o passar do tempo.
"Voltaram no ano passado", afirma a professora de paisagismo do Senac-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) Roselaine Sekiya, 39.
"São plantas que lembram a infância e caíram em desuso devido ao avanço das tecnologias de cultivo e à importação de espécies", define o arquiteto paisagista Alex Hanazaki, 32.
Ele resgatou guaimbês, pacovás e asplênios -folhagens de áreas tropicais- no jardim que fez na Casa Cor São Paulo 2007.

Interioranas
Samambaias e afins também são plantas de interior. Afeitas a umidade, ficam bem locadas em banheiros, com sol indireto. Já o vento e o frio fazem de sacadas ambientes inóspitos.
No inverno, proteja as plantas externas do sereno com telado de plástico (o material reforçado por uma tela) e intensifique as regas para compensar a baixa umidade do ar. Mas não deixe encharcar e não use água fria, que queima as folhas.
Deixe as plantas hibernarem até a primavera, ideal para poda e adubação. Retire folhas secas com tesoura e use farelo de soja, farinha de osso ou "bokashi" (adubo orgânico japonês).
No plantio, substitua o xaxim, de extração proibida, por mistura de fibra de coco ou casca de arroz carbonizado, "pinus" e terra vegetal (2 l:1 l:2 l). Coloque-a num pote plástico (5 l), reservando 2 cm na borda.
Para firmar a muda, use pedra de rio lavada ou pedaços de telha. "Mas não mármore. Ele libera calcário, que queima a raiz", alerta o engenheiro agrônomo Roberto Takane, 40.
Pragas -cochonilha, pulgão e lagartas- são combatidas com uma barra de sabão de coco diluída em um litro de água fervente, borrifada após esfriar.
O acabamento final é dado por brilha-folha, substância que mantém o verde vivo e remove gordura e fuligem. (DF)

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