São Paulo, domingo, 17 de agosto de 2008

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SALDÃO "BARATEIA" QUALIDADE

Ler a embalagem assegura uniformidade

Para evitar variações de tamanho e de cor de um revestimento, todas as caixas devem ser do mesmo lote

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Antes de adquirir um revestimento para a casa, os cuidados vão muito além da escolha do design ou da cor das peças.
A primeira providência é anotar as medidas do local onde será aplicado o produto.
Cheque na embalagem ou confirme com o vendedor a área que pode ser coberta pelas peças em cada caixa e, por precaução, compre sempre 10% a mais, que servirão de reserva para pequenos acidentes na instalação ou depois dela.
Ana Paula Menegazzo, superintendente do CCB (Centro Cerâmico do Brasil), lembra que qualquer queda de faca ou martelo no piso da cozinha, por exemplo, trinca o produto. Assim, é preciso sempre ter algumas sobras do mesmo lote.
Outra preocupação é conferir o número do lote e a data de fabricação: devem ser iguais em todas as caixas adquiridas para revestir um mesmo local.
Essas dicas evitam que o revestimento apresente variações de cor ou de tamanho, mais comumente observadas depois da colocação.
Daniel Durante, coordenador da qualidade de garantia da fabricante Eliane, conta que a maioria das dúvidas dos consumidores está esclarecida na embalagem. "A principal incerteza é sobre que argamassa, colante e rejuntamento usar para assentar o produto", comenta.
"É importante saber que, para cada tamanho de revestimento, há uma especificação de rejunte, em milímetros."
Durante relata ainda que uma das principais queixas diz respeito a descolamentos e trincas. Para evitá-los, recomenda-se a contratação de um profissional que conheça as normas de assentamento.
Pisos de paredes e revestimentos de fachadas seguem regras diferentes; junta e dilatação devem ser bem-feitas para evitar descolamentos.

Manchas
Outra reclamação se refere a manchas que aparecem no produto e que, na maioria das vezes, devem-se a produtos de limpeza inadequados, com algum tipo de ácido na fórmula.
"É preciso usar produtos neutros, como saponáceo cremoso", orienta Durante.
"Usar a força das mãos para tirar manchas só faz com que elas aumentem, principalmente em revestimentos que imitam pedras", complementa.
Para quem pode investir um pouco mais, Menegazzo recomenda revestimentos que atendam a todos os requisitos de normas técnicas.
"Quando o revestimento não cumpre uma das normas de fabricação, ele não é classificado como um produto de qualidade A ou extra", comenta.
"Prefiro pagar R$ 5 a mais por um revestimento que seja de uma marca em que confio", afirma o publicitário Edson Coelho. Com sua mulher, Sandra, ele escolhe peças para reformar sua casa de praia.
No caso dos porcelanatos, Menegazzo lembra que o Brasil tem uma norma específica e bastante rígida para este tipo de material, regra que não existe em outros países.
O alerta serve na hora de comprar produtos importados, pois o porcelanato argentino, por exemplo, pode não atender ao padrão brasileiro.
(RM)



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