São Paulo, domingo, 18 de maio de 2008 |
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Reforma à vista
Vigiar a obra de perto evita desperd ício de material e demora exagera da
MARIANA DESIMONE COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Terminada uma reforma, ninguém vai querer ver poeira subindo ou paredes à mostra por um longo tempo. Para evitar novos transtornos -ou acidentes pós-obra, como incêndios por sobrecargas em fiação nova, mas mal dimensionada-, é melhor ficar de olho em quem estiver trabalhando (leia dicas na pág. 2). "Além de usar materiais de boa qualidade, é importante ter alguém que acompanhe a obra", aponta Rômulo Russi, professor de design de interiores do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial ). A aparente economia ao não contratar alguém para supervisionar a reforma se revelou cara para o professor de educação física Adauto Lima. "Sem alguém ali para coordená-los, os pedreiros usam mais material e nem sempre trabalham no ritmo certo", afirma Lima, que contratou um arquiteto com as obras já iniciadas para ajudar no dia-a-dia da reforma, e não para dar palpites. "Gastei 15% mais do que planejava, mas ficou tudo do jeito que eu queria", conclui o professor de educação física, que investiu R$ 35 mil na reforma da sala e de dois banheiros. A enfermeira Ana Maria Nogueira, 51, começou a reforma de sua casa pela parte elétrica. Precisou trocar os eletrodutos (conduítes), que eram estreitos para o número maior de fios. Depois, Nogueira decidiu mudar de lugar a lavanderia e o banheiro, e diz ter achado prudente chamar um profissional para supervisionar a obra: "É mais prático ter alguém experiente por perto". Um contrato bem estipulado facilita o relacionamento de proprietários e trabalhadores. "Com um documento que contenha todos os serviços que serão feitos, além de prazos e formas de pagamento, evita-se bastante dor de cabeça", acredita o professor Rômulo Russi. Combinado Para a dona-de-casa Marilene Braga, 48, que não contratou profissionais para vigiar a reforma de seu imóvel, um acordo por escrito assinado por ela e pelos trabalhadores garantiu a qualidade dos serviços. "Eu comprava materiais, observava se a obra estava indo do jeito que eu queria. Ele [o pedreiro] se esforçava para entregá-la no prazo", conta. Ainda assim, houve uma demora de pouco mais de três semanas, além do prazo predefinido, para finalizar o projeto. "Não achei bom, mas poderia ter sido bem pior sem nosso contrato", pondera Braga. Com ou sem um profissional, há necessidade de se entender com a equipe que faz o serviço, principalmente quando se mora no canteiro de obras. "Um pedreiro de confiança é fundamental", afirma a designer de interiores Moryse Buck. Uma dica para diminuir o desconforto causado pelo vaivém de estranhos é fazer uma reforma por etapas, finalizando alguns cômodos antes. "Dessa forma, a família poderá ter alguns lugares privativos onde se refugiar", completa. Próximo Texto: Reforma à vista: Dicas ajudam proprietário leigo Índice |
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