São Paulo, domingo, 20 de janeiro de 2008 |
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100 anos da imigração japonesa Decoração japonesa elimina o excesso Toque nipônico pede economia no número de peças, mas não faz restrição à alta tecnologia de eletrônicos
ROSANGELA DE MOURA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA A chegada dos japoneses em 1908 trouxe miscigenação não só para a população. Muda até hoje os traços da decoração de casas brasileiras, até de quem não tem origem nipônica. Mas quem busca o equilíbrio oriental em peças e móveis deve lembrar que a harmonia pede simplicidade e moderação -menos no que diz respeito à tecnologia dos eletrônicos. "Tudo é muito pessoal e deve ser inserido na decoração de uma forma coerente, com identificação à proposta do ambiente e fazendo parte do modo de vida das pessoas", comenta a arquiteta Maristela Gorayeb. Assim, futon e mesa de chá, por exemplo, não podem ficar ao lado de móveis volumosos. "A decoração com influência japonesa precisa ser a mais simples possível, sem excessos e com objetos básicos", reforça o arquiteto Ricardo Caminada. Foram esses os princípios que seguiu ao orientalizar um apartamento na Vila Madalena. "Minha cliente é uma mergulhadora que sempre gostou desse estilo", conta. "Resolvi criar ambientes com móveis simples e linhas retas." Foi quebrada a parede de um dos quartos, que passou a formar um espaço único com a sala de estar -virou uma sala de televisão, com tatame, "futon" e almofadas no chão. A mobília a pouca altura do piso, por sinal, é um recurso para aumentar o espaço de apartamentos com pé-direito baixo. Uma das paredes da sala de TV foi pintada com um desenho de ramos de bambu. Sobre a mesa da sala de jantar, pende uma luminária de superfície acetinada, semelhante a um casulo, com luz suave e uniforme. Gorayeb acrescenta que a alta tecnologia, também característica japonesa, pode se misturar a objetos ancestrais: uma TV moderna de plasma é assistida de um "futon" no chão. Luz As luminárias de estilo oriental podem ser instaladas ao lado do sofá, no corredor, nos quartos e no lavabo, mas devem ser evitadas na cozinha, sobretudo se feitas de papel-arroz, e nos banheiros em que o chuveiro não fica isolado no boxe. Dependendo da lâmpada que for usada, as lumináris terão finalidades diversas. Uma luz mais fraca, em tom amarelado, é indicada para deixar o ambiente aconchegante, como em um local de meditação. Para leitura, um timer controla a intensidade da luz. Próximo Texto: 100 anos da imigração japonesa: Jardim japonês requer cuidado na hora de escolher as espécies Índice |
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