São Paulo, domingo, 20 de julho de 2008

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PISCINA SEGURA

Capa protetora, cerca, sensor e limpeza da água evitam banhos indesejáveis no próximo verão

Marcelo Justo/Folha Imagem
Claudia Krakowiak projetou piscina com degraus e mármore bruto na borda

MARIANA DESIMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Piscina lembra sol, férias, qualidade de vida. Mas quem tem crianças pequenas e bichos de estimação em casa sabe que a diversão tem de ser cercada de atenção. Se cair na água leva poucos segundos, a preparação do espaço começa meses antes, no inverno precedente.
Além do tratamento da água, o uso de acessórios como cerca, capa protetora e sensor para a piscina tem papel predominante na segurança do lazer.
Os sensores são como uma babá eletrônica. "Sinalizam queda acidental de animais ou de crianças", explica José Maria Campos, diretor de comunicação da Anapp (associação dos fabricantes de piscinas).
O cachorro ou a criança precisa ter um peso de seis quilos para ser detectado. O movimento da água aciona um alarme de 110 decibéis. Um par de sensores, que cobre de 6 m2 a 8 m2, custa cerca de R$ 500.
Uma alternativa são as capas de vinilona ou de polipropileno. "Também protegem de sujeira e folhas", complementa Roberto Correa, professor da Escola de Engenharia Mauá.
A grade é opção para quem tem espaço ao redor da piscina, caso do corretor de seguros José Eduardo Filho, 43. Ele cercou o deque após ver o filho de quatro anos quase mergulhar sozinho. A alteração saiu por R$ 3.000, já com mão-de-obra.
"Fiquei assustado, imaginando que ele poderia se afogar sem ninguém por perto", diz.
O administrador Luciano Petinatti, 31, não tem filhos, mas um labrador. "Ele poderia entrar na piscina e não conseguir sair. A grade faz com que ele só entre se alguém vigiar."

Projeto
Se a piscina está em obras ou há disposição para reformas, o local pode ficar mais seguro com alterações na estrutura.
A arquiteta Claudia Krakowiak reformulou uma piscina para deixá-la com diferentes níveis de profundidade. "Coloquei degraus para as crianças aprenderem a nadar. Uma calha retém a água para as pessoas não escorregarem."
Bordas inclinadas, que evitam acúmulo de água, e quinas arredondadas devem ser bem planejadas, explica Kurt Amann, coordenador do curso de engenharia civil do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana).
"Uma quina muito arredondada pode não ser perceptível enquanto a pessoa está nadando, o que facilita uma colisão."
A arquiteta Bya Barros sugere material antiderrapante nas bordas, como a ardósia branca.


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