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SAÚDE
Para se livrarem dos ácaros, famílias removem o carpete, substituem as cortinas e dão fim a bichos de pelúcia e livros
Alérgicos motivam "revolução" na casa
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A primeira crise de rinite alérgica de Tomás, 6, filho mais novo da
publicitária Maria Stella Rubio,
40, tirou a família toda da cidade
de São Paulo por 15 dias. O menino tinha seis meses de idade. Rubio também é alérgica, assim como seu marido e os filhos (o mais
velho, Felipe, tem nove anos).
Desde então, a família fez uma
revolução em casa: removeu o
carpete, substituiu as cortinas, eliminou os bichos de pelúcia e os livros. Mas, segundo a mãe, o que
mais contribuiu para a diminuição dos espirros foi a contratação
de uma empresa de higienização e
extermínio de ácaros.
"Aprendi também a manter somente alguns porta-retratos em
prateleiras, para facilitar a limpeza com pano úmido."
Caroline Sanz, 47, que tem três
filhos alérgicos, também descobriu que a faxina normal não resolve. Contratou a Alergoclean,
que faz a limpeza do apartamento
uma vez por semana. "É mais barato que duas faxineiras."
Segundo Edison Monaco, 50,
diretor da empresa, limpar uma
casa de dois quartos custa cerca
de R$ 150. O extermínio de ácaros
em um imóvel sem carpete fica
em torno de R$ 50 por cômodo.
Livros
A empresa usa um aspirador capaz de sugar a poeira mais interiorizada, diz Monaco. Oferece também um método químico com o
qual é possível manter o ambiente
com baixos níveis de alergênios
(agentes causadores) por 60 dias.
"A quantidade de sujeira que
não enxergamos, mas que permanece na casa após uma limpeza
convencional é imensa", afirma a
jornalista Janete Leão Ferraz, 43.
A limpeza semanal permitiu à
família de Ferraz não abrir mão
de seus 4.000 livros. "Eles passam
por um tratamento com fungicida a cada três meses." O gato é tratado com um produto importado
que reduz a queda de pêlos e, em
consequência, espalha menos
agentes alergênios pela casa.
Há três anos, o filho da pediatra
Mônica Piloto Santos Checchia,
44, vem se beneficiando da limpeza. Caio, hoje com 16 anos, tem
bronquite, rinite e conjuntivite
alérgicas, mas "deixou de usar remédios fortíssimos", diz a mãe.
A jornalista Alessandra Lacerda, 28, não teve a mesma sorte.
Conta que alugou um apartamento acarpetado, embora ela e seu
marido, o músico Clayton Barros,
sofressem de alergia a pó. O tratamento diário do carpete virou
questão de sobrevivência. "Foi difícil. Sentíamos a poeira no nariz."
"Hoje, o cuidado é tão grande
com a limpeza do carpete que, às
vezes, penso em pedir às pessoas
para arrancar os sapatos antes de
entrar."
(NATHALIA BARBOZA)
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