São Paulo, domingo, 21 de maio de 2006

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ORÇAMENTO DA OBRA

Reajustes de gás e cobre ainda puxam alta de preço

Cerâmicas, metais e fios elétricos são alguns dos itens mais afetados

DA REDAÇÃO

Apesar da redução do IPI, a alta de valores como combustível e matéria-prima ainda não deixa a construção mais barata. O custo de materiais para erguer a casa subiu 0,1% em abril, após cair 0,22% em março, segundo o Sinduscon. Os preços levantados pela Pini subiram 0,81% de janeiro a abril.
Os casos mais preocupantes são o do gás, combustível da indústria ceramista, e o do cobre, usado em ligas metálicas.
O valor do cobre está absurdamente alto por causa da especulação. Há grande demanda em países como China e Índia, explica Sérgio Aredes, 56, presidente do Sindicel (Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não-Ferrosos do Estado de São Paulo).
Já os ceramistas estão apreensivos quanto aos efeitos das incertezas sobre o preço do gás natural. Subiu 23% no último semestre de 2005. O gás representa 30% do custo dos produtos, constata Antonio Carlos Kieling, 56, superintendente da Anfacer (Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento).
Se não derrubou tanto os preços dos materiais, o corte do IPI inspira iniciativas para baratear as compras. Em Santa Catarina, um projeto de lei reduz o ICMS de 12 grupos de produtos, como tubos, ferragens, madeiras e fios elétricos.
Só falta a assinatura do governador para a assembléia votar, mas há um acordo com os deputados, que são favoráveis, afirma Roberto Breihaupt, 53, presidente do conselho deliberativo da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção).

Mais três itens na lista
A desoneração agradou tanto ao setor que muitos querem estendê-la a todos os produtos. Com a redução do IPI, economizam-se 3,5% em materiais e 1,4% na obra. Se valesse para todos os materiais, o valor final cairia 3%, calcula João Claudio Robusti, 58, presidente do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo).
O governo descarta pôr mais itens na cesta, mas vai corrigir a lista e incluir três produtos que ficaram de fora: conexões de PVC, argamassa não-refratária e cerâmica não-esmaltada.


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