São Paulo, domingo, 23 de março de 2008

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Tecnologia azul

Aparelho de Blu-ray é o mais novo integrante do elenco do cinema caseiro de alta definição

Rafael Hupsel/Folha Imagem
Carlos Cepera assiste a filmes no PlayStation 3


MARIANA DESIMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Imagem e som de alta definição eram privilégios da sala de cinema. Mas, com os novos equipamentos de "home theater", é cada vez mais comum ver um filme com uma qualidade "de outro mundo" em casa.
A novidade da vez é a tecnologia Blu-ray, que poderá aposentar os DVDs. A Warner, por exemplo, vai lançar filmes apenas no novo formato.
Com ele, a capacidade do disco pula de 4,7 gigabytes, no DVD, para 50 gigabytes, no disco de Blu-ray -um aumento de mais de dez vezes, traduzido em melhora na qualidade do som e da imagem.
Mas um tocador de Blu-ray sozinho não faz verão -ou uma superprodução. O cenário pede ainda uma televisão full HD, de plasma ou LCD, que tem resolução muito maior: são 1.080 linhas progressivas (paralelas), contra 480 linhas cruzadas de uma televisão comum.
É também preciso escolher um sistema de áudio que acompanhe toda essa inovação, já que apenas as caixas da TV não são suficientes para fazer uma boa trilha sonora caseira.
"O ideal é um "home theater" com HDMI [High-Definition Multimedia Interface], que transmite o sinal de forma digital e pode melhorar a qualidade do áudio mesmo de um DVD", explica Alex Silvério, gerente de produto da fabricante LG.
Todo esse pacote de imagem e som chega a ultrapassar o "cachê" de mais de R$ 15 mil (veja opções de compra na pág. 3).

Importados
A publicitária Sofia Souza Aranha, 34, antecipou-se à produção nacional e trouxe o Blu-ray dos Estados Unidos.
"Eu não agüentei esperar. Foi como quando houve aquela reação à qualidade do DVD em relação ao VHS. Só que, agora, a imagem é muito mais nítida, não dá para comparar", afirma.
"Antes, o que não era primeiro plano ficava um pouco embaçado na tela. Agora dá para ver tudo o que está no cenário", descreve.
O administrador Luis Nogueira também já comprou o seu "cast". "Não sinto mais vontade de ir ao cinema", conta. Seu investimento chegou perto de R$ 17 mil, e o aparelho de Blu-ray também veio da "terra de Hollywood".
"A TV é full HD, e as caixas de som DTS [sistema com seis canais, cinco separados para áudio e um só para os graves] são ótimas", resenha.
E a maior dificuldade antes de ter uma cena de cinema pode ser "dirigir os atores" e transformar a parafernália em um roteiro de lazer.
Para quem vai "editar" por conta própria a configuração das conexões entre tantos aparelhos, é preciso atenção para colocar cada um dos componentes em seu lugar -veja um esquema dos bastidores da TV ainda nesta edição.


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