São Paulo, domingo, 23 de junho de 2002

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CASA COR

Barbara Gancia e enólogo apontam falhas que estorvam a visão do telespectador e danificam vinhos, respectivamente

Sala de TV e adega colecionam problemas

Fernando Moraes/Folha Imagem
Para o enólogo José Luiz Alvim Borges, a adega de Maria Célia Cury deixa entrar luz em excesso e esbanja espaço ao não ter forma de colméia para receber as garrafas


FREE-LANCE PARA A FOLHA

Lindos e problemáticos. Dois ambientes visitados por convidados da Folha não passaram no teste da funcionalidade.
A adega criada pela decoradora Maria Célia Cury foi vítima do olhar crítico do especialista em vinhos José Luiz Alvim Borges, 48, presidente da ABS (Associação Brasileira de Sommeliers). Já a sala de TV do apartamento master, obra do decorador Dado Castello Branco, foi questionada pela colunista da Folha Barbara Gancia, 44.
"A adega é bonita e confortável, mas não há nenhuma preocupação com a otimização do espaço", afirma Borges. "Mas, ao mesmo tempo que torna fácil reconhecer os rótulos sem tocar nas garrafas, as prateleiras esbanjam espaço ao prendê-las pelo gargalo."
O sommelier criticou a transparência do vidro da porta da adega. "Conceitualmente, os vinhos têm de ficar no escuro total." Apesar disso, a idéia da antecâmara com mesa e acessórios foi elogiada.
Alguns detalhes nitidamente decorativos também foram alvo de observações. "As garrafas maiores, na prateleira do alto, deveriam estar deitadas, e as rolhas no chão tendem a mofar", diz. Borges sugere um tampo de vidro sobre as rolhas. Dentro da câmara, faltaram o higrômetro [medidor de umidade" e um termômetro independente, completa.

Vocação
Para a colunista da Folha Barbara Gancia a sala de TV do apartamento master não tem uma "vocação" exclusiva para televisão e música. "É uma sala de estar para uma família inteira."
Alguns detalhes, diz a colunista, reforçam essa impressão: o bambu do vaso sobre o rack cai desleixado sobre parte da tela, que fica "a léguas" do sofá, considerado "muito alto e desconfortável".
Em compensação, tanto a chaise-longue quanto o sofá de dois lugares foram aprovados como "os melhores lugares para deitar enquanto se assiste à TV".
Ela observou que o DVD fica atrás de dois bancos colocados entre a mesa de centro e o rack que abriga o equipamento. "Fica praticamente escondido." E mais: a luz forte dos abajures sobre as mesas de canto atrapalham o telespectador. (NATHALIA BARBOZA)


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