São Paulo, domingo, 23 de novembro de 2008

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Entrada proibida

Casa sozinha nas férias requer cuidados à distância, como monitoramento eletrônico e plano de seguro residencial

Marcelo Justo/Folha Imagem
Marco Antônio Leonardo instalou um sistema de alarmes depois que ladrões sedaram seu cachorro

MARIANA DESIMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Viajar nas férias é uma atividade relacionada a prazer e relaxamento, mas pode se tornar um problema se a casa fica sozinha na ausência dos donos.
Há dois caminhos principais para quem quer proteger a moradia e seus pertences antes de sair para os feriados de final de ano. Um deles é contratar uma empresa de monitoramento.
Ela instala câmeras, alarmes e sensores que avisam uma central ou o próprio dono do imóvel -por celular, por exemplo- que há intrusos na casa.
Existem contratos em que o proprietário consegue visualizar cômodos de sua casa à distância, pela internet.
O protocolo das companhias, no caso, é chamar a polícia. "Não podemos entrar na casa e combater os bandidos. Ficamos no local para ajudar o morador ou esperar a polícia", pontua Cesar Almeida, gerente de monitoramento da Building Technologies da Siemens.

Até R$ 10 mil
O custo desse tipo de serviço varia conforme o número de equipamentos e de seguranças contratados; os mais em conta partem de R$ 40, mas o custo chega a R$ 10 mil mensais.
Na central de monitoramento da Building, o aumento de alarmes disparados nas férias varia de 30% a 35% em relação a meses anteriores.
"Ocorrem mais invasões e violações nas casas", conta Almeida. Mas existem avisos falsos. "Muitos alarmes sensíveis disparam por causa da chuva", observa o gerente.
Em relação ao seguro residencial, o contratante faz uma apólice cujo preço muda segundo a cobertura desejada -a de roubo é uma delas, bem como as de incêndio e vendaval.
Em geral, o segurado paga uma mensalidade entre R$ 160 e R$ 1.100 e, se houver um sinistro, receberá o dinheiro em poucos dias após a entrega dos documentos exigidos, como o Boletim de Ocorrência.

Prevenção
Na comparação entre seguro e monitoração, "a prevenção é mais efetiva", afirma o consultor de segurança Hugo Tizaka.
Antes de contratar, a recomendação é visitar a empresa e conversar com outros clientes que usaram seu serviço.
"O seguro ajuda mais quando o dano é essencialmente patrimonial -se ocorreu um roubo na casa e não havia ninguém ali", analisa Tizaka.
Foi após um assalto em sua casa em Santo André (Grande São Paulo) que o supervisor de ferramentaria Marco Antonio Leonardo, 55, optou por um sistema de alarmes. "Os ladrões doparam meu cachorro para entrar", recorda.
Hoje a casa tem sensores de movimento e de contato -uma parte do sensor fica no batente, e outra, na porta. O alarme toca se ela é aberta.
"Antes de dormir, ligamos os alarmes", relata. "Se eles disparam, sabemos onde está o problema por uma central."
Essa central fica dentro da própria casa e mostra, por meio de luzes em um painel, em que cômodo houve a invasão.
Leonardo afirma ter comprado o sistema de segurança há 15 anos e realizado apenas manutenção preventiva.


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