São Paulo, domingo, 24 de maio de 2009

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Economia de água gota a gota

Aparatos instalados em torneiras e chuveiros, como redutores de vazão, e manutenção da rede hidráulica ajudam na contenção

Rafael Hupsel/Folha Imagem


MARIANA DESIMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Economizar água em casa é uma prática cada vez mais necessária. Quem já segue cuidados como não escovar os dentes com a torneira aberta pode ainda adotar aparatos como arejadores, bacias com caixa de descarga acoplada e torneiras com menos tempo para fechar.
Controlar o volume do líquido que sai pela torneira é uma das estratégias propostas por equipamentos desse tipo -caso do redutor de vazão, como o apresentado pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) na Feicon - Batimat (feira de construção) de 2009.
"É um dispositivo colocado no ponto de abastecimento para controlar o volume de água", define Edvaldo da Silva, instrutor de hidráulica da Escola Senai Orlando Laviero Ferraiuolo. Sem a peça, a torneira verte dez litros de água por minuto. Com o redutor, o volume é de seis litros por minuto. Feito de plásticos reciclados, ele ainda não é produzido em escala.
Outros restritores de vazão estão disponíveis no mercado. O da Deca, por exemplo, tem preço sugerido de R$ 15.
Para Regina Siqueira, superintendente de planejamento e desenvolvimento da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), é tendência do mercado lançar cada vez mais produtos que ajudem a economizar água.
"Antes ninguém queria mudar a válvula da descarga para uma menos potente. Hoje o que mais se vê são bacias com caixas acopladas que operam com seis litros", pondera. Descargas mais velhas gastam o dobro.
Mas não bastam tantos cuidados se a rede hidráulica não foi bem projetada ou se a manutenção dos canos é esquecida, aumentando o risco de vazamentos ou infiltrações.

Dimensionamento
O indicado é que, já durante a construção do imóvel, se saiba quantos pontos de água serão necessários -e o profissional mais indicado para a tarefa é o engenheiro de edificações.
"Com ele, é mais provável que o encanamento fique bem dimensionado", diz Hélio Narchi, professor do curso de engenharia do Instituto Mauá de Tecnologia. A inspeção periódica também é crucial contra problemas na tubulação.
"O intervalo recomendável para a manutenção das instalações [tanto para canos de cobre como para os de PVC, com durabilidade semelhante] é de oito anos", calcula Adilson Rocha, pesquisador do Laboratório de Instalações Prediais e Saneamento do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo).


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