São Paulo, domingo, 25 de março de 2007

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Entre 4 paredes

Blocos e "dry wall" disputam espaço na obra com os tradicionais tijolos

MARIA CAROLINA NOMURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Nem só de tijolos se ergue uma parede. Para dinamizar a obra e evitar quebradeira, entram em cena opções como blocos, "dry wall" (estrutura metálica e placas de gesso acartonado) e divisórias de madeira.
A construção das paredes, independente do tipo de material utilizado, pode corresponder a 3% do custo total da obra, calcula Mário Rocha, diretor de operação da construtora e incorporadora Gafisa.
A diferença está na praticidade de cada opção. Se uma parede de tijolo, depois de pronta, precisa ser "recortada" para passar conduítes, isso não acontece quando se usam blocos estruturais de concreto e cerâmica ou placas de gesso.
Segundo o arquiteto Eduardo Narimatsu, o custo do metro quadrado de material do "dry wall" é até R$ 20 maior do que o de blocos estruturais. Mas, como blocos e tijolos pedem outros itens como argamassa e demandam mais mão-de-obra, o custo final pode ser mais alto que o do "dry wall".
"É raro ver construções com tijolo maciço. O material é mais caro que blocos de concreto ou cerâmica", diz Narimatsu.

Bloco economiza
Para o arquiteto Renato Siqueira, a principal diferença entre os blocos estruturais de concreto e cerâmico é o peso. "Ambos apresentam um bom desempenho acústico e térmico, mas o primeiro tende a quebrar menos durante a obra."
"Por não ser tão pesado, o bloco cerâmico faz com que haja menos carga na fundação, o que barateia um pouco a obra."
Já o "dry wall" ainda encontra resistência, mas é o mais utilizado pelas construtoras em apartamentos de um e de dois dormitórios e em escritórios.
Mesmo assim, vem conquistando adeptos. "Ocupa menos espaço e é mais barato quando se pensa na mão-de-obra e no revestimento da alvenaria", afirma Rômulo Russi, 40, professor do Senac (serviço de aprendizagem comercial).


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