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Entre 4 paredes
Blocos e "dry wall" disputam espaço na obra com os tradicionais tijolos
MARIA CAROLINA NOMURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Nem só de tijolos se ergue
uma parede. Para dinamizar a
obra e evitar quebradeira, entram em cena opções como blocos, "dry wall" (estrutura metálica e placas de gesso acartonado) e divisórias de madeira.
A construção das paredes, independente do tipo de material
utilizado, pode corresponder a
3% do custo total da obra, calcula Mário Rocha, diretor de
operação da construtora e incorporadora Gafisa.
A diferença está na praticidade de cada opção. Se uma parede de tijolo, depois de pronta,
precisa ser "recortada" para
passar conduítes, isso não
acontece quando se usam blocos estruturais de concreto e
cerâmica ou placas de gesso.
Segundo o arquiteto Eduardo Narimatsu, o custo do metro
quadrado de material do "dry
wall" é até R$ 20 maior do que o
de blocos estruturais. Mas, como blocos e tijolos pedem outros itens como argamassa e
demandam mais mão-de-obra,
o custo final pode ser mais alto
que o do "dry wall".
"É raro ver construções com
tijolo maciço. O material é mais
caro que blocos de concreto ou
cerâmica", diz Narimatsu.
Bloco economiza
Para o arquiteto Renato Siqueira, a principal diferença
entre os blocos estruturais de
concreto e cerâmico é o peso.
"Ambos apresentam um bom
desempenho acústico e térmico, mas o primeiro tende a quebrar menos durante a obra."
"Por não ser tão pesado, o
bloco cerâmico faz com que haja menos carga na fundação, o
que barateia um pouco a obra."
Já o "dry wall" ainda encontra resistência, mas é o mais
utilizado pelas construtoras em
apartamentos de um e de dois
dormitórios e em escritórios.
Mesmo assim, vem conquistando adeptos. "Ocupa menos
espaço e é mais barato quando
se pensa na mão-de-obra e no
revestimento da alvenaria",
afirma Rômulo Russi, 40, professor do Senac (serviço de
aprendizagem comercial).
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