São Paulo, domingo, 25 de março de 2007

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ENTRE QUATRO PAREDES

Mais leves, divisórias são alternativas para decoração

Com madeira e "dry wall", ambientes pequenos ganham mais espaço


Renato Stockler/Folha Imagem
Para iluminar, Maria Alice Santiago escolheu blocos de vidro


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Mais do que dividir cômodos e estabelecer limites, as paredes também assumem o papel de decoração da casa. Dependendo da cor e da textura, elas são decisivas para dar uma cara nova aos ambientes.
De acordo com o arquiteto Rômulo Russi, primeiro definem-se o revestimento do piso, as paredes e o teto e, então, escolhem-se os móveis e os objetos de decoração.
Com esse conceito na cabeça, a artista plástica Maria Alice Santiago pensou em levantar uma metade da parede de alvenaria- a outra metade era um vão- com blocos de vidro.
"Queria manter a iluminação da cozinha e separá-la da área de serviço", explica. Ela conta que conseguiu fazer a parede como desejava gastando R$ 700 (material e mão-de-obra).
Para caprichar no acabamento de paredes tanto de alvenaria como de "dry wall", a designer de interiores Viviane Dinamarco costuma usar uma massa com areia grossa.
"A pintura pode ser feita com um tipo de tinta especial, conhecida como epóxi, se esse acabamento for adotado em ambientes "molhados" como banheiros e cozinhas", complementa Dinamarco.
A estudante de biologia Thaís Lefcadito, 21, fez das paredes murais monocromáticos. Em seu quarto, uma das divisórias é vermelha. Na sala de estudos, lilás, e, na sala, verde-escuro.

Praticidade
Para quem tem pouco espaço em casa, usar divisórias de madeira ou feitas no sistema "dry wall" é a dica para ganhar alguns centímetros no ambiente, já que as paredes de alvenaria são mais grossas. "São 10 cm a mais que fazem diferença", diz Viviane Dinamarco.
"A divisória ajuda a criar mais um cômodo em um ambiente pequeno e ocupa cerca de 5 cm", afirma a designer.
Elas também são alternativas mais práticas. Em ambas, o vão livre entre as placas facilita a passagem do conduíte -a estrutura não tem de ser quebrada, como a de alvenaria.
A fragilidade do gesso, entretanto, inspira cuidados. Segundo Rômulo Russi, quadros podem ser pregados com buchas especiais, mas as prateleiras necessitam de um suporte interno para ter sustentação.
A mais grossa de todas é a parede de blocos de barro. Segundo Kelley White, conselheiro da ABCTerra (associação de construtores com terra), ela chega a ter 40 cm de espessura.
"Mas a recompensa é valiosa. A parede tem o melhor desempenho acústico e térmico que se pode conseguir", diz. (MCN)


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