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ENTRE QUATRO PAREDES
Mais leves, divisórias são alternativas para decoração
Com madeira e "dry wall", ambientes pequenos ganham mais espaço
Renato Stockler/Folha Imagem
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Para iluminar, Maria Alice Santiago escolheu blocos de vidro |
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Mais do que dividir cômodos
e estabelecer limites, as paredes também assumem o papel
de decoração da casa. Dependendo da cor e da textura, elas
são decisivas para dar uma cara
nova aos ambientes.
De acordo com o arquiteto
Rômulo Russi, primeiro definem-se o revestimento do piso,
as paredes e o teto e, então, escolhem-se os móveis e os objetos de decoração.
Com esse conceito na cabeça,
a artista plástica Maria Alice
Santiago pensou em levantar
uma metade da parede de alvenaria- a outra metade era um
vão- com blocos de vidro.
"Queria manter a iluminação
da cozinha e separá-la da área
de serviço", explica. Ela conta
que conseguiu fazer a parede
como desejava gastando R$
700 (material e mão-de-obra).
Para caprichar no acabamento de paredes tanto de alvenaria como de "dry wall", a designer de interiores Viviane Dinamarco costuma usar uma massa com areia grossa.
"A pintura pode ser feita com
um tipo de tinta especial, conhecida como epóxi, se esse
acabamento for adotado em
ambientes "molhados" como
banheiros e cozinhas", complementa Dinamarco.
A estudante de biologia Thaís
Lefcadito, 21, fez das paredes
murais monocromáticos. Em
seu quarto, uma das divisórias é
vermelha. Na sala de estudos,
lilás, e, na sala, verde-escuro.
Praticidade
Para quem tem pouco espaço
em casa, usar divisórias de madeira ou feitas no sistema "dry
wall" é a dica para ganhar alguns centímetros no ambiente,
já que as paredes de alvenaria
são mais grossas. "São 10 cm a
mais que fazem diferença", diz
Viviane Dinamarco.
"A divisória ajuda a criar
mais um cômodo em um ambiente pequeno e ocupa cerca
de 5 cm", afirma a designer.
Elas também são alternativas
mais práticas. Em ambas, o vão
livre entre as placas facilita a
passagem do conduíte -a estrutura não tem de ser quebrada, como a de alvenaria.
A fragilidade do gesso, entretanto, inspira cuidados. Segundo Rômulo Russi, quadros podem ser pregados com buchas
especiais, mas as prateleiras
necessitam de um suporte interno para ter sustentação.
A mais grossa de todas é a parede de blocos de barro. Segundo Kelley White, conselheiro
da ABCTerra (associação de
construtores com terra), ela
chega a ter 40 cm de espessura.
"Mas a recompensa é valiosa.
A parede tem o melhor desempenho acústico e térmico que
se pode conseguir", diz.
(MCN)
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