São Paulo, domingo, 26 de setembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CURINGA

Versatilidade é uma das vantagens do produto, que permite composições de peças de vários tons e com cores claras
"Cotto" entra na casa rústica e na moderna

Divulgação
Como o material é poroso, uma dica para que absorva menos sujeira é impermeabilizá-lo com produto brilhante ou fosco


FREE-LANCE PARA A FOLHA

Ar de casa do interior e simplicidade sem monotonia são as promessas do "cotto" no revestimento de ambientes. Apesar de ter apenas uma tonalidade, a deri-vada do terracota, o produto mostra ser bastante versátil.
"Arquitetos e decoradores preferem comprar peças de vários fabricantes, que produzem em tonalidades, formas e tamanhos variados, para montar áreas diferentes das dos vizinhos", explica Wagner Amaral, gerente de produto da loja Leroy Merlin.
A decoradora Selma Bosco, 40, recomenda o material para os que buscam ambientes mais descontraídos. Para ela, o "cotto" combina muito bem com madeira, ferro, fibras naturais, juta e lã.
Quem sente falta do calor de um tapete pode recorrer a um modelo pequeno, segundo a decoradora. "Pode-se até fazer um "tapete" com a cerâmica, com mosaicos ou "tozzetos" [faixas decoradas], para ressaltar a beleza do piso."
Mas a opção pelo material não determina que o ambiente tenha, necessariamente, aspecto rústico. "Combina com paredes brancas e até com caixilho de alumínio", demonstra o arquiteto Itamar Berezin. Ele também diz que o segredo para fazer uma boa composição é trabalhar com tecidos claros e com iluminação mais dirigida aos móveis e às peças, porque o "cotto" se destaca bastante. Bosco concorda e acrescenta que tecidos claros suavizam a força visual do revestimento.
A administradora de empresas Adriana Narciso Volpiano disse que está reformando sua casa, na Granja Viana, em São Paulo, e vai revestir a área da churrasqueira com "cotto" porque o produto combina com tijolo aparente.
""O contraste com um azulejo de piscina e com o verde do jardim fica lindíssimo. Lembra as lajotas coloniais e fica agradável, porque dá um ar de casa antiga", opina a administradora, que vai usar o material também no quintal por considerá-lo de "boa resistência a tráfego, durável e fácil de limpar".
Já o engenheiro Gerardo Fernandez, 35, resolveu levar o "cotto" para dentro de casa. Além de revestir um salão interno, vai usar a cerâmica na garagem e em áreas externas. "Queria um acabamento que integrasse ambientes. Com o mesmo tipo de peça posso fazer vários tipos de paginação nos diferentes ambientes", diz.
(ROSANGELA DE MOURA)


Texto Anterior: Cerâmica perde o brilho para ganhar mais espaço
Próximo Texto: Material pede atenção a normas
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.