Liquidação de artigos para casa tem descontos de até 70%; confira, na pág. 2, um roteiro com endereços

Patrícia Stavis/Folha Imagem

Fernanda Marques comprou uma luminária pela metade do preço

DÉBORA FANTINI
DA REPORTAGEM LOCAL

A temporada de liquidações está no auge: saldões de móveis, objetos de decoração, utensílios, eletrodomésticos e material de construção vão até março, com descontos de até 70%.
O abatimento é maior nos preços de produtos que estão saindo de linha, peças com pequenos defeitos ou de mostruário -veja, na pág. 2, 42 endereços com oportunidades.
Mas arquitetos garantem que a garimpagem rende peças preciosas, desde que se observem alguns cuidados.
No caso dos materiais de construção, os itens em oferta costumam ser restos de lotes. Como cada lote tem características particulares, a reposição de cor ou modelo será difícil.
"E é comum uma obra aumentar além do projeto", afirma a arquiteta Adriana Victorelli, 25, que já aproveitou as liquidações deste ano.
Ela comprou uma lavadora e secadora com alguns defeitos no chassi por um preço 40% menor. "É vantajoso desde que o conserto não ultrapasse o valor do desconto", lembra.
Para a arquiteta Beatriz Dutra, 49, valeu comprar uma poltrona, embora o tecido não combinasse com a decoração.
"O desconto foi de 30%, mesmo com os preços do tecido e da mão-de-obra da troca. Mas só vale para peças pequenas. Se for um sofá, não compensará."
No caso de produtos com defeito, exija que o problema seja descrito com clareza na nota ou no recibo. "Será uma garantia se o item apresentar problema diferente do verificado na hora da compra", diz Selma do Amaral, 50, do Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor).
É ainda fundamental testar eletrodomésticos e luminárias na hora da entrega, pois o prazo para reclamar de defeitos de fácil constatação é de 90 dias.
"Deve-se formalizar a reclamação no SAC da loja e no órgão de defesa do consumidor", afirma o advogado Edemilson Wirthmann Vicente, 31. Outra dica: compare preços e avalie se o desconto é real.
Para não cair na tentação de adquirir um item desnecessário e, pior, que não cabe em casa, a arquiteta Fernanda Marques, 42, sugere manter o foco.
Ela comprou uma peça que já namorava há algum tempo: uma luminária de chão, de R$ 14.820 por R$ 7.400.


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