São Paulo, domingo, 28 de janeiro de 2007

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LUZ DO SABER

Luminária móvel é preferível a spot fixo

Iluminação deve seguir movimento do leitor e ficar próxima do livro; ver TV no escuro não é recomendável

Renato Stockler/Folha Imagem
Maria Alice Maluf iluminou a banheira, ao elegê-la como seu local de leitura favorito

DA REPORTAGEM LOCAL

Além do modelo da lâmpada (leia texto abaixo), a iluminação adequada para o estudo e a leitura depende muito da escolha da luminária e até da posição do leitor.
Ao optar por um modelo de luminária, é importante não desviar o foco para os que ostentem um belo design, mas pouca funcionalidade.
"A luz de trabalho precisa ficar concentrada no campo de leitura, há luminárias decorativas que não proporcionam isso", alerta o arquiteto Walter Galvão, 40, professor do curso de design de interiores do Senac-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial).
As melhores pedidas são modelos que possam ser deslocados, acompanhando a movimentação do leitor, que tende a mudar de posição -por mais envolvente que seja a leitura.
"Também é importante que o ponto focal fique próximo do livro, senão a distância tem de ser compensada com lâmpadas mais potentes", explica o arquiteto Paulo Sergio Scarazzato, 52, professor da FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo), da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Campinas e da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
O ideal são os modelos com haste flexível e lâmpadas refletoras, como as dicróicas (modelos de lâmpada halógena -leia mais abaixo), "que tenham um fundo refletor como o das lanternas", compara Galvão.
Para escrivaninhas, luminárias de mesa são preferíveis a pendentes ou spots fixos no teto ou na parede.
Abajures dispostos sobre o criado-mudo podem não dar altura para ler deitado. Opte por um modelo do tipo coluna ou por um fixo na cabeceira.
O feixe de luz não deve ficar apontado para o olho, mas sim para o objeto, por trás.
Se for lateral, deverá ficar à esquerda para quem é destro, e vice-versa. A regra, que também vale no caso da luz natural, evita a projeção de sombra.
O vaivém de luminárias com pregadores para serem colocadas no próprio livro cansa a vista e ainda pode causar enjôos leves. "Mas não o descolamento da retina", avisa o oftalmologista Mário Motta.

TV e computador
Segundo ele, outro "mito" sobre iluminação é que ler com uma luz direta acesa imerso na escuridão do resto do ambiente -para não atrapalhar o companheiro de quarto, por exemplo- possa causar algum tipo de lesão no olho.
O efeito é o cansaço, que pode ser sentido mesmo diante da televisão ou do computador envolto em penumbra.
Apesar de o computador projetar luz, ela não é suficiente. Nesse caso, um feixe de reforço deve ser proveniente detrás do observador. Ver TV no escuro também não é boa pedida.
É recomendável que a tela fique voltada preferencialmente para uma parede escura e não reflita a janela. (DF)

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